A saúde anda nas bocas do mundo, ultimamente. Infelizmente, não pela melhor das razões.
Não será, no entanto, esse o tema a tratar nesta breve crónica, que irá versar apenas a questão do número de médicas/os e de enfermeiras/os no concelho de Ovar.
Esses profissionais constituem, como se sabe, a espinha dorsal do sistema de saúde.
Lamentavelmente, não há motivos para satisfação.
Uma vez que - como informa o Instituto Nacional de Estatística, nos Anuários Estatísticos de 2013, os mais recentes - o número de médicas/os por 1000 habitantes no município de Ovar – 2,7 – é inferior à média nacional – de 4,3 – e está distante dos valores de Espinho – 5,5 – os melhores do distrito de Aveiro e, até, superiores aos do País.
Da mesma forma, o número de enfermeiras/os por 1000 habitantes do Concelho – de 4,2 – está aquém da média de Portugal – de 6,3 – e longe dos valores do Aveiro – de 8,4 – os maiores do Distrito, e que estão, também, acima dos indicadores nacionais.
Perante esta amostra, o que se poderá concluir?
É certo que discorrer sobre estatísticas não dispensa a avaliação no terreno. Pois é essa que, com maior segurança, poderá iluminar o verdadeiro quadro da realidade existente.
Contudo, os indícios apresentados dificultam a fuga à conclusão de que os serviços de saúde locais não dispõem dos profissionais referidos em quantidade suficiente.
O que coloca angustiantes dúvidas sobre a sua capacidade de resposta às necessidades da população que servem.
Artigo da autoria do Prof. Albertino Ferreira
Nota-extra: Clicar em cima das tabelas para as visualizar melhor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário