Falta de tolerância e atitudes antidemocráticas no Partido Socialista Ovar
As Assembleias de Freguesias são locais de debate democrático, plural e participativo onde devem ser utilizados argumentos políticos de elevada craveira e conteúdo.
No calor do debate qualquer interveniente pode cometer excessos de linguagem ou utilizar termos linguísticos que induzam em diversas interpretações.
Não é admissível que determinados intervenientes, considerando a importância dos cargos executivos que ocupam, arremessem atoardas vis sob a forma de vocábulos pejorativos - como os episódios protagonizados nas últimas Assembleias da União e de Valega com a utilização de expressões como "trapaceiros" ou "parasitas" - que colocam em causa a dignidade dos intervenientes e/ou de terceiros.
Especialmente se os terceiros visados são detentores de altos cargos ao nível do executivo camarário, de freguesias ou enquanto dirigentes da administração pública.
Nem tal ato pode ser desculpável pela assunção do erro cometido, quer na assembleia, quer posteriormente nas redes sociais, pois são reveladores de personalidades que não conseguem conviver com o combate democrático, com a pluralidade de opiniões ou com a sã convivência com a diversidade.
Tais atitudes demonstram, ainda, a impreparação de quem as produziu para exercer cargos públicos ou para representar os seus eleitores em determinados órgãos.
Em defesa dos nossos eleitos locais – quer na Câmara Municipal de Ovar, Assembleia Municipal e nos órgãos representativos das freguesias – e dos trabalhadores e dirigentes das instituições administrativas no nosso município, a CPS do PSD Ovar não pode admitir que elementos eleitos nas listas do Partido Socialista continuem a utilizar, de forma reiterada e premeditada, linguagem que não é própria das instituições democráticas.
Ovar, Setembro 2015
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