domingo, 6 de agosto de 2017

Versos Cá da Terra XVII


O Senhor Politicamente Certo
(Poema da autoria de Ana Roxo)


Era uma vez, o senhor Politicamente Certo,
Dizia tudo, sem dizer nada em concreto,
Dizia fazer tudo e muita, muita coisa mais,
Queria agradar ao grupo Alfa, com uivos banais!

O que não admitia, ele, já todos sabemos,
Nem sempre o Politicamente Certo tem razão.
Não podemos ver só o que nós queremos,
Ou o que a sociedade, nos impõe de antemão.

A nossa sociedade, a todos, deve, respeitar.
Mesmo diferentes da maioria, não há que enganar,
Todavia, quem dela faz parte, a ela se deve tentar adaptar.
Tem direitos, deveres, mas mais regalias, não deve levar!

As coisas são como são, não se pode inventar,
Só para agradar à maioria só porque parece bem.
Não devemos ser carneirinhos do mesmo rebanho.
Ser ovelha negra, pode não ser mau; apenas, estranho!

Quem não quer ser lobo, nunca a sua pele deve vestir,
Nem deve sempre dizer tudo o que está a sentir,
Mas, se a sua opinião, ao Politicamente Certo, é contrária
Não deve temer que o condenem como reles alimária!

O político deve evitar ser sempre Politicamente Certo,
Mas o Zé Povinho, também tem de aprender, decerto.
Aliás, todos nós, sem excepção neste mundo incerto!





Imagem retirada algures do Google

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