As deputadas do PSD Carla Madureira e Helga Correia vão tentar junto do Ministério da Saúde a agilização do processo de concurso com vista à contratação de médicos para a Unidade de Saúde Familiar Mar à Vista, que serve as freguesias de Silvalde e Paramos, concelho de Espinho. De uma reunião havida esta segunda-feira nas instalações daquela USF saiu o compromisso de um esforço conjunto para minorar os transtornos provocados à população da Marinha, daquela freguesia, que perdeu a sua extensão de saúde.
A população do bairro piscatório da Marinha sente-se discriminada e tem vindo a protestar pela perda da sua extensão de saúde e pela alegada perda de qualidade do serviço prestado pela nova unidade, que passou a abarcar os utentes de toda a freguesia, mais os de Paramos. As deputadas aveirenses quiseram ouvir a versão da USF, num encontro que juntou, também, os responsáveis pela concelhia do partido, dirigentes do Agrupamento de Centros de Saúde Espinho Gaia, e um representante da população da Marinha.
Uma das possibilidades para amenizar os efeitos do encerramento passaria pela criação de consultas decentralizadas, no bairro da Marinha, mediante marcação atempada e ainda que não em regime de tempo inteiro, garantindo-se, assim, um serviço de proximidade para os cerca de 3.200 utentes daquela zona.
“Vamos usar os instrumentos que temos à nossa disposição na Assembleia da República para agilizar o concurso para a substituição dos dois médicos que prestavam serviço na extensão de saúde da Marinha e para assegurar a realização das necessárias obras, que se estima custarem entre 60 a 70 mil euros” – referiu Carla Madureira no final da reunião desta segunda-feira.
Para a deputada aveirense, da reunião resultou a necessidade de “juntar as diversas partes envolvidas e encontrar uma forma de eliminar as fragilidades deste processo, fazendo face ao sentido de perda que os moradores da Marinha sentem”.
Carla Madureira admitiu não haver “as condições ideais para que a USF funcione bem”, o que leva a que a população da Marinha “sinta na pele este problema, porque entende que tinha melhor serviço do que está a ter agora”.
Na mesma linha de pensamento, a deputada Helga Correia disse sentir que “as gentes da Marinha merecem uma maior atenção”, defendendo que “há que encontrar uma solução conjunta para minimizar os transtornos que tenham sido criados”.
“Há que encontrar uma plataforma de entendimento que faça as pessoas entenderem que a criação da USF lhes garante cuidados de saúde de qualidade. É fundamental o diálogo, explicando à população que não se trata de eliminar ou esvaziar serviços ou valências” – concluiu Helga Correia.
A Unidade de Saúde Familiar Mar à Vista juntou os utentes da extinta extensão do bairro da Marinha aos demais da freguesia de Silvalde e aos da freguesia de Paramos. Funciona no edifício da junta desta freguesia, com um polo na vizinha de Paramos.
Aveiro, 20 de julho de 2020
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