Em primeiro lugar, e como ponto prévio, queremos deixar bem claro que somos a favor do uso obrigatório de máscara em edifícios fechados ou em espaços públicos, onde estejam, pelo menos, dezenas de pessoas presentes nas imediações. Ninguém tem dúvidas de que a máscara diminui consideravelmente as possibilidades de contágio, e talvez esta seja a melhor "arma" que a humanidade tem, neste momento, para batalhar contra a pandemia do COVID-19.
Como é lógico, muita gente não gosta de usar máscara quando caminha pelas ruas, mas agora terão de acatar a norma aprovada ontem pelo Parlamento Português, senão podem arcar com uma coima que pode ir dos 100 até aos 500 euros.
Concordamos com a observação rígida da norma de utilização obrigatória de máscara nos espaços públicos dos grandes meios urbanos porque aí a azáfama social é muito maior, e pensamos que as autoridades deveriam actuar essencialmente nessas zonas de maior densidade populacional, fazendo cumprir a lei.
No entanto, a lei promulgada aplica-se a todo o país, incluindo capitais de distrito, cidades, vilas e aldeias/lugares. Por isso, todos devem trazer consigo a sua própria máscara. Agora faz sentido utilizá-la quando não está mais ninguém na rua? Ou quando a pessoa mais próxima está a vários metros de distância?
Em prol do bom senso, consideramos que as autoridades só deverão intervir em casos onde o movimento social é evidente, e não autuar quem não use máscara numa rua "deserta". Por exemplo, a chegada do Outono (e depois, do Inverno) faz com que a cidade de Esmoriz tenha menos "vida" e "dinâmica" nas suas artérias urbanas, pelo que consideramos que a lei deveria ser mais detalhada de forma a tolerar/proporcionar algum livre arbítrio ao indivíduo em sítios com escasso movimento.
Evidentemente, os cidadãos deverão ter bom senso, cumprindo sempre o distanciamento de segurança e usando máscara quando estão em contacto com outras pessoas que não sejam da sua própria família. Por outras palavras, têm de saber precaver-se e ser minimamente cautelosos.
No meio disto tudo, assusta-nos mais a ideia de que circulam por aí rumores sobre uns poucos casos em que pessoas contagiadas (ditas "assintomáticas") na região envolvente não observaram escrupulosamente o dever de confinamento, comprometendo a saúde dos outros quando voltam a sair para o exterior, como se não houvesse qualquer problema.
Em termos estatísticos, o concelho de Ovar já tem 96 casos activos, sendo que 27 se concentram em Esmoriz, freguesia que, neste momento, tem mais contaminados por Coronavírus no mencionado município.
O uso de máscara em espaços públicos será obrigatório no decurso dos próximos 70 dias, podendo o período ser renovado caso o número de contágios não seja estacando até ao final do ano.
Olá
ResponderExcluir1-Quer as máscaras cirúrgicas quer as ditas «comunitárias» têm como objectivo principal proteger o «outro» e não proteger o utilizador da máscara.
2-Andar a colocar, ajeitar e retirar para mais tarde voltar a colocar a máscara, tem riscos acrescidos e implica saber fazê-lo, sob pena de, eventualmente, estarmos a contaminar as mãos com micróbios retidos na face externa da máscara aquando de um contacto com um eventual infectado e que não usava máscara.
Deixem-me fazer um apelo, cumpram escrupulosamente as indicações das Autoridades de Saúde do País e não olhem a comentários de políticos ou vindos de alguém cuja competência na matéria é, no mínimo, duvidosa.
O momento é sério no que á Saúde Pública diz respeito; protejam-se protegendo o próximo.
Cumprimentos
Augusto