Maria Joaquina Flores, nasceu em Esmoriz, no longínquo dia 04 de Junho do ano de 1940, é filha de Henrique Pereira de Sousa e de Maria de Lurdes Ferreira de Sousa.
Teve uma breve passagem por Espinho, quando ainda bebé, e de há muito que reside em Corroios, lá para as bandas de Lisboa.
Esta mulher, atleta, tem sido referenciada em várias reportagens televisivas, por força do seu mérito e da sua capacidade ganhadora. Confessamos que soubemos da sua existência através daquele poderoso meio de comunicação.
Sentimos que era preciso trazer até nós esta personalidade e encetamos o caminho da procura. Foi com muito agrado que estabelecemos o primeiro contacto telefónico e, também, com redobrada satisfação que a tivemos entre nós, em franco convívio com a comunidade esmorizense.
Do outro lado da linha, quando estabelecemos o primeiro contacto, encontramos uma voz jovial, algumas manifestações de alegria, boa disposição e, também, muita disponibilidade e sentido de colaboração informativa.
Logo pedimos elementos que nos permitissem, de forma simplista, trazer ao conhecimento dos Esmorizenses, o quanto tem sido feito e conseguido por uma mulher, nascida em Esmoriz, que realizou a sua primeira prova de competição, quando o seu bilhete de identidade registava uma simpática idade, com a vivência de 49 anos.
Foi a sua primeira prova e a conquista do seu primeiro lugar na classificação geral. Foi no seu baptismo desportivo, que aconteceu no dia 9 de Abril de 1989, e na disputa da 1ª. prova, do Moinho da Maré, no Seixal, que a longa caminhada se iniciou.
A partir de então, e consultado o seu longo historial, notamos ter estado presente em um montão de provas oficiais, disputadas nos países: África do Sul, Alemanha, Austrália, Dinamarca, Eslovénia, Espanha, Estados Unidos da América, Irlanda do Norte, Irlanda do Sul, Inglaterra, Itália, Polónia Porto Rico, Tunísia, Suíça e Brasil, arrecadando para o seu vasto pecúlio várias medalhas de ouro, prata e bronze.
No Portugal insular, tem marcado presença e por este “cantinho” a disputa de provas ronda as duas centenas.
De entre estas esteve em Ovar nos anos de 1991 (3ª), 1994 (1ª.) e 1996 (2ª.) e em Cortegaça em 1992 e 1994 arrecadando, nesta vila vizinha, em ambas as provas o primeiro lugar.
A sua inegável capacidade atlética, aliada à sua vontade de competir, tem levado a resultados desportivos que orgulham quem da atleta esmorizense se orgulha.
Mas, e se esta senhora nascida em Esmoriz, competindo em vários países, diversificadas pistas e terrenos, tem vencido um sem número de corridas, conseguindo várias medalhas, que são marcos históricos assinalados por vitórias em provas desportivas, não justificará, por mérito, que sem correr e muito menos competir, ser agraciada com uma medalha na sua terra natal?
Esmoriz pode ter um comportamento mais vinculativo e oficial para com uma filha, que nasceu entre os seus muros, e que se tem revelado ser uma campeã entre muitas outras campeãs. Ovar, já teve esse comportamento com um outro “vareiro”, que se notabilizou, recentemente, no Brasil, onde a “nossa” atleta se evidenciou e conseguiu ser medalhada. Vem aí Julho e com esse mês as habituais festas da cidade.
Florindo Pinto
(Texto e imagem retirados de: http://www.ovarnews.pt/?opiniao=uma-campea-natural-de-esmoriz)
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