sábado, 1 de março de 2014

Portugal e o Carnaval

Não, não gosto muito do Carnaval. Quando era criança, ainda dava algum valor à tradição. Vestia-me de Zorro ou de Robin de Bosques, mas o destino traçou que seria antes um grande Cusco Anónimo. Claro que houve uma altura em que me cansei definitivamente.
Mas agora falando mais a sério - Eu não censuro quem admira esta tradição, mas já não hesito em criticar as quantias algo avultadas que algumas Câmaras deste país fazem só para ter o melhor Carnaval. É aqui que se cometem excessos, e se esquece que vivemos verdadeiramente em austeridade. Há um número maior de pessoas a passar dificuldades e até fome. Estamos em época de crise, todo o dinheiro deve ser apenas canalizado para as necessidades essenciais ou básicas.
Prefiro que se invistam esses vários milhares de euros em apoios sociais devidamente credíveis ou na reabilitação de espaços públicos, cuja utilidade seja primordial para o bem estar das populações. Quanto ao Carnaval, é uma variante secundária, podem festejá-lo mas recorrendo a práticas que não exijam rios de dinheiro. O que se pretende é convívio, alegria e alguma animação. 
Exageros não ficam nada bem a ninguém, neste preciso momento. Contenção é a palavra chave.
Entretanto, o mar voltou a ameaçar a costa nacional nos últimos dias. Parece que São Pedro não vai colaborar nas festividades.
Mais uma vez há que definir prioridades neste País! 
Será o Carnaval uma delas?




Imagem nº 1 - O Carnaval tem dado vários milhares de prejuízos a muitos Municípios.
Retirada de: http://www.vidas.xl.pt/noticias/nacionais/detalhe/carnaval_folia_nao_apaga_prejuizos.html


Nota: Estou a falar no Carnaval em geral, e não em nenhum caso em particular. Mas é necessário que se tirem as ilações devidas. As tradições podem ser mantidas, mas com os pés bem assentes na terra, permitindo o mínimo de auto-suficiência destes eventos.

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