NATAL
(Poema da autoria de António Maria)
Em Mogadíscio, perto da lonjura
Em Sarajevo, às portas da maldade,
Nas terras da vingança e da loucura
Nasceu o Deus Menino da bondade.
Nasceu o Deus Menino na favela
Na rua, abandonado à fome e ao crime,
Em Gasa, em Timor e na Gabela
Aonde a guerra é lei que tudo oprime.
Nasceu o Deus Menino uma vez mais
E o Céu não tinha estrelas nem luar...
Que pena haver assim estes Natais,
Tão negros de amargura e de pesar.
Tanta injustiça, tanto sofrimento
Tem tido a Humanidade em seu destino
Se Deus é nossa força e nosso alento
O que seria sem o Deus Menino?
Este poema releva a necessidade de recriarmos um Mundo mais justo e igualitário, sem guerras e com muita harmonia. Infelizmente, esta época natalícia é fugaz, e a memória de quem a festeja costuma ser bastante curta. Esperemos que o contágio dos sentimentos natalícios seja mais duradouro para bem duma Humanidade que precisa urgentemente de paz e amor!
O poema é da autoria de António Maria (licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto), um esmorizense bastante conceituado que sempre concentrou a sua erudição na escrita.
Imagem nº 1 - Um presépio que recorda o nascimento de Jesus Cristo e a chegada dos três reis magos.
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