Finalmente, alguma dose de bom senso veio à cabeça do sr. Joseph Blatter que consciencializou-se que não tinha condições para continuar pois a sua credibilidade estava seriamente abalada. Não sei se mudou de ideias ao ler o nosso texto anterior (estou a brincar como é óbvio!), mas se ele tivesse prosseguido em funções o clima de suspeita iria tomar conta da vida diária do futebol mundial. Dentro deste contexto, pensamos que irá inaugurar-se um novo ciclo na FIFA, esperemos que mais transparente, justo e inovador. O futebol precisa de recuperar a áurea ou glória doutros tempos, e porque não tentar atenuar, pelo menos, o fosso gigantesco que existe entre as principais ligas europeias (espanhola, inglesa, italiana, francesa e alemã) e as demais??? Não sei se seria igualmente interessante reabilitar o antigo formato da Taça das Taças que englobaria todos os vencedores das taças domésticas. Mas o que urge mudar são, sem dúvida, os capítulos inerentes à transparência e equidade através da promulgação de medidas ou novos regulamentos. Só assim se reabilitará a imagem do desporto mais amado e praticado no nosso planeta.
Além da inesperada saída de Blatter (muitos, inclusive eu, não acreditavam na sua saída pelos próprios pés), acabamos por testemunhar a surpreendente ida de Jorge Jesus (técnico do Benfica nos últimos 6 anos) para o Sporting. Foi uma bomba no futebol nacional que indicia que Bruno Carvalho vai apostar num projecto mais ambicioso (ao mesmo tempo, arriscado) para as próximas temporadas, o que pode passar por um maior investimento no reforço do plantel. Jorge Jesus sabe aprimorar as transições nas equipas e revela um conhecimento exímio sobre as equipas do nosso campeonato, mas não se encaixa no perfil de treinador que aposta na formação ou que está habituado a ter plantéis em versões limitadas. Também será interessante ver como é que duas pessoas (presidente e treinador) com notórios "egos" se irão entender, mas uma coisa é certa - o presidente leonino precisa de dar espaço e tempo a Jorge Jesus. Por outro lado, Bruno Carvalho decidiu abdicar de Marco Silva que levou o Sporting a um título nacional (a Taça de Portugal) depois de 7 anos de jejum. Era já um divórcio anunciado há muito tempo, mas a direcção do Sporting escusava agora de enveredar por este caminho litigioso que tem vindo a público nos últimos dias. Os argumentos apresentados para alegar justa causa são surreais. O Sporting vai ter que pagar uma indemnização, e enquanto não se consciencializar disso, acabará por fazer muito má figura. Por seu turno, o Benfica deverá apostar em Rui Vitória, um treinador que também realizou um bom trabalho no Vitória de Guimarães (conquistou uma Taça de Portugal e tem levado o clube à Liga Europa), aproveitando os jogadores da formação e da equipa B. A nova política presidencial de Luís Filipe Vieira passa mesmo por aí - cortar nos orçamentos previstos para o plantel principal, e assegurar uma gestão mais optimizada dos quadros do clube. É uma ideia nobre, mas será que a formação, quase só por si, assegurará a maturidade e a qualidade necessária num grande clube? É certo que as instalações do Seixal melhoraram significativamente nos últimos anos, mas o Benfica necessita de reforços também experientes para permanecer na senda dos títulos. No meio disto tudo, o técnico mais contestado dos três grandes, Julen Lopetegui (Futebol Clube do Porto) continuará a manter os mesmos poderes apesar de nada ter conquistado (ao contrário de Jorge Jesus e Marco Silva). Teve um plantel que mereceu um investimento elevado, mas a equipa somou o segundo ano consecutivo sem nada ganhar. Mas desta feita, acreditamos que poderá partir com vantagem para a próxima época. Afinal, o técnico é o mesmo, as estratégias e ideias de jogo também. O mesmo não se poderá dizer dos rivais que irão reiniciar um novo ciclo. Lopetegui tem todas as condições para fazer bem melhor do que esta temporada. Não tem mais desculpas se falhar...
No campeonato mundial de sub-20 que decorre actualmente na Nova Zelândia, têm acontecido grandes surpresas com os apuramentos inesperados do país anfitrião, do Uzbequistaão e da Áustria (esta última selecção tem apresentado um futebol ultra-defensivo que, até ver, tem dado resultado). Portugal é um dos favoritos à conquista da prova, tendo somado vitórias atrás de vitórias. Veremos até que ponto irá a selecção das quinas, mas o cenário aparenta ser bastante promissor.
Na final da Champions League, por pouco que não aconteceu mais uma surpresa. Aquele lance determinante que dá o 2-1 ao Barcelona frente à Juventus não me convence, pois nasce dum lance em que Daniel Alves (defesa dos blaugrana) agarra ostensivamente Pogba (médio da Vecchia Signora) dentro de área, o que seria penalti. O árbitro turco fez vista grossa, e o Barça na sequência da jogada mata o jogo, numa altura em que o ascendente parecia estar do lado dos italianos. Fico com a sensação de que, ano após ano, as equipas espanholas costumam ser as mais protegidas nas competições europeias. No ano passado, foi o Sevilha-Benfica, e ainda me recordo dum Espanha-Portugal (meias finais do europeu de 2012), onde tivemos 1 ou 2 penaltis por marcar a nosso favor. Esperemos que aqui o futebol também comece a "enlouquecer"...
No entanto, não hesito em reconhecer o Barcelona como a melhor equipa da Galáxia. Aquele tridente arrasador da frente de ataque - Lionel Messi, Neymar e Luís Suarez não dá hipóteses a ninguém.
Além da inesperada saída de Blatter (muitos, inclusive eu, não acreditavam na sua saída pelos próprios pés), acabamos por testemunhar a surpreendente ida de Jorge Jesus (técnico do Benfica nos últimos 6 anos) para o Sporting. Foi uma bomba no futebol nacional que indicia que Bruno Carvalho vai apostar num projecto mais ambicioso (ao mesmo tempo, arriscado) para as próximas temporadas, o que pode passar por um maior investimento no reforço do plantel. Jorge Jesus sabe aprimorar as transições nas equipas e revela um conhecimento exímio sobre as equipas do nosso campeonato, mas não se encaixa no perfil de treinador que aposta na formação ou que está habituado a ter plantéis em versões limitadas. Também será interessante ver como é que duas pessoas (presidente e treinador) com notórios "egos" se irão entender, mas uma coisa é certa - o presidente leonino precisa de dar espaço e tempo a Jorge Jesus. Por outro lado, Bruno Carvalho decidiu abdicar de Marco Silva que levou o Sporting a um título nacional (a Taça de Portugal) depois de 7 anos de jejum. Era já um divórcio anunciado há muito tempo, mas a direcção do Sporting escusava agora de enveredar por este caminho litigioso que tem vindo a público nos últimos dias. Os argumentos apresentados para alegar justa causa são surreais. O Sporting vai ter que pagar uma indemnização, e enquanto não se consciencializar disso, acabará por fazer muito má figura. Por seu turno, o Benfica deverá apostar em Rui Vitória, um treinador que também realizou um bom trabalho no Vitória de Guimarães (conquistou uma Taça de Portugal e tem levado o clube à Liga Europa), aproveitando os jogadores da formação e da equipa B. A nova política presidencial de Luís Filipe Vieira passa mesmo por aí - cortar nos orçamentos previstos para o plantel principal, e assegurar uma gestão mais optimizada dos quadros do clube. É uma ideia nobre, mas será que a formação, quase só por si, assegurará a maturidade e a qualidade necessária num grande clube? É certo que as instalações do Seixal melhoraram significativamente nos últimos anos, mas o Benfica necessita de reforços também experientes para permanecer na senda dos títulos. No meio disto tudo, o técnico mais contestado dos três grandes, Julen Lopetegui (Futebol Clube do Porto) continuará a manter os mesmos poderes apesar de nada ter conquistado (ao contrário de Jorge Jesus e Marco Silva). Teve um plantel que mereceu um investimento elevado, mas a equipa somou o segundo ano consecutivo sem nada ganhar. Mas desta feita, acreditamos que poderá partir com vantagem para a próxima época. Afinal, o técnico é o mesmo, as estratégias e ideias de jogo também. O mesmo não se poderá dizer dos rivais que irão reiniciar um novo ciclo. Lopetegui tem todas as condições para fazer bem melhor do que esta temporada. Não tem mais desculpas se falhar...
No campeonato mundial de sub-20 que decorre actualmente na Nova Zelândia, têm acontecido grandes surpresas com os apuramentos inesperados do país anfitrião, do Uzbequistaão e da Áustria (esta última selecção tem apresentado um futebol ultra-defensivo que, até ver, tem dado resultado). Portugal é um dos favoritos à conquista da prova, tendo somado vitórias atrás de vitórias. Veremos até que ponto irá a selecção das quinas, mas o cenário aparenta ser bastante promissor.
Na final da Champions League, por pouco que não aconteceu mais uma surpresa. Aquele lance determinante que dá o 2-1 ao Barcelona frente à Juventus não me convence, pois nasce dum lance em que Daniel Alves (defesa dos blaugrana) agarra ostensivamente Pogba (médio da Vecchia Signora) dentro de área, o que seria penalti. O árbitro turco fez vista grossa, e o Barça na sequência da jogada mata o jogo, numa altura em que o ascendente parecia estar do lado dos italianos. Fico com a sensação de que, ano após ano, as equipas espanholas costumam ser as mais protegidas nas competições europeias. No ano passado, foi o Sevilha-Benfica, e ainda me recordo dum Espanha-Portugal (meias finais do europeu de 2012), onde tivemos 1 ou 2 penaltis por marcar a nosso favor. Esperemos que aqui o futebol também comece a "enlouquecer"...
No entanto, não hesito em reconhecer o Barcelona como a melhor equipa da Galáxia. Aquele tridente arrasador da frente de ataque - Lionel Messi, Neymar e Luís Suarez não dá hipóteses a ninguém.
Imagem nº 1 - O Mundo do Futebol não nos tem parado de surpreender nos últimos dias.
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