O BE diz ter tomado conhecimento de obras “levadas a cabo por um
agente privado, com movimentação de terras e nivelamento de terreno em
área de interesse, no âmbito do património arqueológico nacional”.
A área em questão é a Necrópole de Chão do Grilo, situada em
Gondesende, Esmoriz, recentemente alvo de escavações e novas descobertas
arqueológicas.
Da última intervenção de que foi alvo, resultou a expansão da área classificada, área essa que se encontra actualmente sob intervenção, com máquinas pesadas e que envolve remoção de terras e nivelamento de terreno.
Da última intervenção de que foi alvo, resultou a expansão da área classificada, área essa que se encontra actualmente sob intervenção, com máquinas pesadas e que envolve remoção de terras e nivelamento de terreno.
A equipa de arqueologia responsável pelas escavações arqueológicas e
mais recentes descobertas, suspeita da presença de um povoado próximo à
necrópole, na área em que ocorrem as intervenções.
O BE alerta que, “sendo uma área com interesse arqueológico, este
tipo de intervenção carece de acompanhamento por uma equipa de
arqueologia”. No caso concreto da Necrópole de Chão do Grilo, o BE
confirmou essa necessidade junto da Direção Regional de Cultura do
Centro (DRCC). De acordo com a informação recolhida junto da DRCC, terão
sido feitas denúncias prévias sobre a situação, das quais resultou o
envio de um ofício à Câmara Municipal de Ovar, que tem a tutela local
sobre o sítio arqueológico, ao qual não terá ainda respondido.
Este ofício solicitava a imediata suspensão das obras e agendamento
de uma reunião no local. Através de contacto telefónico, o BE diz que
obteve da Divisão de Cultura da Câmara Municipal de Ovar a informação de
que “tudo estaria a decorrer dentro da normalidade e legalidade e que a
fiscalização havia sido accionada e estava atenta à questão”.
Contudo, o BE confirmou junto da DRCC de que as obras em curso
decorrem em plena área classificada e que a direcção desconhece que
estejam a ser acompanhadas por um arqueólogo, como exigido por lei, pelo
que foi enviado novo ofício à edilidade.
O BE confirma que as obras prosseguem, tendo sido observada
actividade de máquinas pesadas na área classificada, nos últimos dias.
Moisés Ferreira, deputado do BE, já questionou o Ministério da Cultura,
“exigindo medidas céleres para colocar fim a este atentado contra o
património arqueológico nacional”.
Notícia extraída integralmente do Site OvarNews
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