segunda-feira, 5 de junho de 2017

O Terrorismo continua a ser uma praga

Pela primeira vez, sou forçado a concordar com Donald Trump, presidente dos Estados Unidos da América. Isto já não vai lá com discursos floridos e com o politicamente correcto, é preciso mais acção. Acabar de vez com o Estado Islâmico que afinal continua bem vivo e a expandir células infiltradas no seio da Europa. Os atentados ocorridos recentemente em Manchester e Londres comprovam que a luta contra o terrorismo está longe de ser ganha.
Por exemplo, há muitos meses que se afirma a queda iminente de Mossul para as forças iraquianas e uma caminhada final até Raqqa, capital e coração do Estado Islâmico. Mas a verdade é que isso ainda não está perto de ser uma realidade. Apesar de avanços das tropas iraquianas, a verdade é que a guerra pelo controlo de Mossul ainda vai durar mais alguns meses. E a vitória ainda não está assegurada. 
É altura de uma coligação internacional marchar no terreno contra o Estado Islâmico. Que essa coligação intensifique os esforços em Mossul e que depois avance em direcção a Raqqa. Acredito que seria uma questão de meses até derrubar a organização, mesmo que fosse praticamente impossível liquidar todos os seus filiados fanáticos porque estas organizações têm sempre ramificações em qualquer parte do mundo.
O problema é que o Ocidente deixou arrastar o problema do Estado Islâmico por demasiado tempo. Houve uma passividade que permitiu um volume de atentados desde então na Europa. O cancro que deveria ser combatido numa fase inicial rapidamente se converteu em metásteses, afectando outras regiões além dos martirizados Iraque e Síria.
A invasão norte-americana de George W. Bush ao Iraque, e que infelizmente na altura contou com o apoio de Blair (este arrependeu-se entretanto), Durão Barroso (dispensa apresentações) e Aznar (o tal que perdeu as eleições ao insinuar que os atentados de Madrid haviam sido provocados pela ETA quando foram uma resposta pela intervenção ilegítima no Iraque contra as intenções da ONU), resultou num clima de instabilidade que favoreceu o surgimento de hostes fanáticas naquela região.
Mas agora sim - justifica-se uma intervenção armada no Iraque e na Síria que restitua a paz nesses territórios e que faça respeitar os direitos humanos.





Imagem nº 1 - No passado sábado à noite ocorreram "atos terroristas" em diferentes pontos de Londres: um atropelamento na London Bridge e apunhalamentos em Borough Market, que terão provocado, pelo menos, seis mortos. Recorde-se que há uma semana atrás, Manchester foi alvo de um ataque no final do concerto da cantora norte-americana Ariana Grande. Uma explosão provocou 22 mortes e mais de 100 feridos. 
Foto: REUTERS/Neil Hall

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