Chamo-me Fernando Cardoso, sou membro do executivo da APESE há 2 anos e atualmente exerço o cargo de presidente da APESE-Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Secundária de Esmoriz.
1-Venho aqui, de forma completamente independente, colocar algumas questões ao executivo camarário e alertar os representantes políticos aqui presentes para alguns problemas que me preocupam enquanto pai, enquanto representante da APESE.
2-Não podia deixar de dar os parabéns às pessoas que tomaram a decisão muito acertada de realizar hoje esta sessão ordinária da Assembleia Municipal de Ovar na freguesia de Esmoriz. Iniciativas desta natureza melhoram a relação de proximidade entre os munícipes das várias freguesias e os orgãos do poder autárquico, nomeadamente, dos seus representantes aqui presentes.
3-A APESE não podia deixar de manifestar a sua satisfação pelo facto da Assembleia de Freguesia de Esmoriz ter aprovado, por unanimidade, no dia 21 de dezembro de 2017, a moção apresentada pelo Grupo do PSD denominada “POR UMA CIDADE DOTADA DE UM PARQUE ESCOLAR COM CONDIÇÕES FÍSICAS DIGNAS E ADEQUADAS”.
A APESE não podia deixar passar esta oportunidade para REFORÇAR e APOIAR na generalidade com o conteúdo dessa moção. Queremos CELERIDADE na concretização desta necessidade premente para a comunidade escolar de Esmoriz. Nessa moção, refere-se, passo a citar: “solicitar uma auditoria independente e externa à CMOvar, para que se concretize um levantamento exaustivo no sentido de apurar as reais condições físicas de todo parque escolar da cidade de Esmoriz, aferindo-se as necessidades, as prioridades de ação, os critérios das intervenções e os custos inerentes às mesmas. Mesmo sabendo que as competências da CMOvar se encontram circunscritas ao 1º ciclo e jardins-de-infância, é de todo reconhecida a sua capacidade no diálogo com a Administração Central, por forma a acelerar os procedimentos. O caso da escola Júlio Dinis é um excelente exemplo dessa ação e deveria ser replicada no parque escola da cidade de Esmoriz”, fim de citação.
Pergunto se não caberá à DGEstE, Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, a responsabilidade de fazer este levantamento? Na lista de competências desta direção-geral estão contempladas competências a nível da conservação da rede de escolas, da identificação das intervenções nos edifícios escolares, no prestar apoio técnico à manutenção do parque escolar, entre muitas outras.
Claro está, que os órgãos autárquicos devem promover o melhor para as suas populações. Nesse sentido, contaríamos que os serviços técnicos da CMOvar, habituados a lidar com intervenções a nível do 1º ciclo e jardins-de-infância, pudessem em colaboração com a Direção do AEEON e a DGEstE fazer o levantamento exaustivo proposto na moção. Não sendo possível, consideramos que a auditoria externa proposta na moção poderá ser a solução possível.
É público, o acordo de colaboração entre a CMOvar e o Ministério da Educação, celebrado a 26/9/2016, para a Requalificação e Modernização das Instalações da Escola Secundária Júlio Dinis cujo custo da empreitada é estimado em cerca de 1.764.705€. Sendo que o Ministério da Educação pagará ao Munícipio de Ovar, por conta da boa execução da empreitada, o montante equivalente a 7,5% do custo estimado. Caberá ao Município de Ovar suportar o montante remanescente da contrapartida pública nacional que corresponde a 7,5% do custo estimado da empreitada (cerca de 132.352,50€). Sendo que os restantes 85%, no valor máximo de 1.500.000€, são suportados por verbas advindas do FEDER, no âmbito do Programa Operacional Regional CENTRO 2020.
Ora, até aqui tudo muito bem. Aliás, esta política de investimento no parque escolar está a ser colocada em prática em diversos munícipios do continente e ilhas. A título de exemplo, no distrito de Aveiro, temos os municípios da Mealhada, Oliveira de Azeméis, São João da Madeira, Feira e Vale de Cambra que foram contemplados com apoios governamentais para obras em escolas do 2º e 3º ciclos do ensino básico e ensino secundário.
Permita-me Sr. Presidente da Câmara que lhe pergunte:
1) Qual foi o critério adotado pelo executivo para que a Escola Secundária de Esmoriz não fosse contemplada com um contrato idêntico ao da Escola Júlio Dinis e de tantas outras escolas dos municípios nossos vizinhos?
2) Gostariamos de saber se a CMOvar tomou alguma medida para negociar um acordo com o Ministério da Educação para a requalificação da Escola Secundária de Esmoriz?
Os problemas da Escola Secundária de Esmoriz não se resumem apenas à melhoria inadiável das suas condições físicas que, aliás, há muito tempo vem sendo reinvidicada pela Direção da Escola junto das entidades competentes. Os problemas estão há muito identificados tanto pela direção do agrupamento como por toda a comunidade escolar.
Não podemos adiar mais a REQUALIFICAÇÃO e MODERNIZAÇÃO tão necessária da Escola Secundária de Esmoriz. É este o motivo principal que me fez vir aqui, como representante da APESE, dos pais e encarregados de educação pedir que avancemos desde já.
É certo e sabido que mesmo havendo um acordo para se avançar com o projeto de Requalificação e Modernização na Escola Secundária de Esmoriz, sabemos que são processos demoram algum tempo até à sua implementação. Propomos que sejam realizadas, o mais breve possível, algumas intervenções urgentes que visam colmatar alguns dos problemas mais graves que temos vindo a registar e que foram identificados tanto no espaço escolar como na zona envolvente. Temos propostas concretas que irei apresentar mais à frente nesta intervenção, algumas das quais da competência da autarquia.
Breve apresentação da ESCOLA SECUNDÁRIA DE ESMORIZ:
Para quem não sabe a Escola Secundária de Esmoriz tem 33 anos. Ali sempre funcionaram o 3º ciclo e secundário ou equivalentes, sob o regime diurno e noturno. Tendo mesmo superado o milhar de alunos o que lhe causou natural e evidente desgaste.
Na primeira metade da década de 90 foi acrescentado o Pavilhão Gimnodesportivo.
Recordo que, entretanto, o ensino obrigatório foi alargado até aos 18 anos tendo implicações físicas, sociais e pedagógicas e também o incremento da opção curricular de ensino profissional.
É uma escola que tem atualmente cerca de 625 alunos, 84 professores e 31 é o número de pessoal não-docente. Circulam diariamente naquela escola cerca de 750 pessoas.
Irei apresentar de seguida os 4 aspectos que consideramos mais relevantes:
1-Questões graves de segurança relacionadas com o Plano de Emergência da Escola e da zona envolvente.
2-Questões graves da rede viária envolvente à escola que originam falta de segurança a vários níveis.
3-O estado de degradação generalizado da Escola em múltiplas vertentes e subaproveitamento do espaço escolar.
4-Finalmente, e não menos importante, a falta de equipamentos municipais na Cidade de Esmoriz que atraiam e ajudem a fixar os jovens.
Começaria pelo aspeto da segurança.
1-Tristemente, o assunto que mais se falou em 2017 em Portugal foram os incêndios. Além dos incêndios florestais, o ano 2017 terminou com um triste episódio numa associação recreativa durante um torneio de sueca em Tondela onde faleceram mais de 10 pessoas. Queria frisar que a escola não é uma associação recreativa. É um local, gerido pelo estado, de frequência obrigatória para os jovens até aos 18 anos e onde trabalham mais de 100 pessoas. A escola é por isso um local onde teremos que garantir obrigatoriamente todas as condições de segurança.
Relativamente às questões de segurança queria salientar:
a) Plano de Emergência da Escola deve ser atualizado anualmente pela direção da escola e validado regularmente pelos serviços municipais de proteção civil e bombeiros. De 3 em 3 anos devem ser realizados simulacros com a colaboração dos Bombeiros e da Proteção Civil, que em conjunto com a Direção da Escola definem o cenário mais adequado. Por proposta da APESE, junto da direção da escola e do comando dos BVE está já em fase de agendamento um simulacro de incêndio para testar o Plano de Emergência da Escola vigente à data atual.
b) Tivemos conhecimento que o sistema de combate a incêndios não está totalmente operacional, uma vez que parte das canalizações estão danificadas, estando, por isso, comprometida a chegada da água às agulhetas que estão na entrada dos pavilhões.
c) Sabem quantos incêndios deflagram no ano 2017 no mato junto à ESE? Deflagraram 11 incêndios em menos de um ano. Na maioria dos casos não estamos a falar das altas temperaturas como motivo para estas ignições. No incêndio de maiores dimensões foi solicitado à Câmara Municipal apoio de máquina para abrir acessos em todo o perímetro do incêndio.
d) Em 2017, houve 28 emergências pré-hospitalares na escola: 14 por acidentes escolares e 14 por situações de doenças súbitas incluíndo as situações de álcool e Drogas.
e) A limpeza do mato em redor da ESE está por fazer. As árvores, maioritariamente eucaliptos, a norte, estão rigorosamente em cima do gradeamento da Escola junto ao Pavilhão Desportivo da Escola e a cerca de 20 metros do depósito de gás e das paredes do pavilhão.
f) O acesso principal para veículos não favorece a entrada expedita ou fácil de veículos de emergência de maior dimensão ao interior do espaço escolar.
g) A localização do quadro elétrico não cumpre todas as regras de segurança, uma vez que está dentro de um dos blocos de aulas.
h) No pavilhão gimnodesportivo as condições de emergência não estão suficientemente acauteladas. A porta de acesso às bancadas que se encontram no piso superior do ginásio é a mesma que dá acesso ao ginásio situado no piso inferior. Numa situação de emergência, com um grande aglomerado de pessoas no interior do ginásio e nas bancadas, uma só porta será insuficiente para evacuar todas as pessoas, pelo que se propõe a abertura de uma nova porta de fuga em caso de emergência.
i) As portas de todos os blocos não têm barras anti-pânico.
j) A escola tem a segurança em causa, considerando que há paredes com fissuras, pisos inclinados, estruturas metálicas de suporte com corrosão generalizada e em avançado estado de degradação, nomeadamente nas zonas de ligação viga-pilar, comprometendo a sua estabilidade.
Os aspetos de falta de segurança que identificamos, por si só, devem ser motivos mais que suficientes para a comunidade escolar estar preocupada e que não pode ser, de maneira nenhuma, negligenciada por V.Exas.
2-Alguns aspetos a melhorar na rede viária e na zona envolvente à escola:
a) A Rua da Casela é uma via estreita e sem saída e onde o estacionamento é permitido em frente à escola. Sabemos que há um “mega-projeto” pensado para aquela zona mas que infelizmente ano após ano continua sem se concretizar. Temos uma proposta que pode melhorar a via em frente à escola cuja relação eficácia/custos é bastante interessante e pode resolver uma grande parte dos problemas.
b) Falta de passeios para os peões em alguns locais da Rua da Estrada Nova nas imediações da Escola. A Rua da Estrada Nova é propícia a velocidades acima do permitido por lei devido às características da mesma colocando em risco os peões que têm que circular na estrada devido à inexistência de passeios em alguns locais. Propõe-se a introdução de elevação do piso nesses locais para redução da velocidade caso não haja outra alternativa.
c) O desnível existente no cruzamento da Rua da Casela com a Rua da Estrada Nova foi uma obra importante e permitiu a redução da velocidade naquele local. No entanto, tem havido alguns problemas com algumas viaturas que não reduzindo a velocidade acabam por bater com a parte de baixo do carro fazendo com que o carro derrame óleo e possam ficar sem controlo da direção. As passadeiras estão situadas precisamente logo após os desníveis o que pode gerar potenciais atropelamentos. Sugiro que os desníveis sejam colocados com alguns metros de antecedência das passadeiras ou instaladas algumas lombas para redução de velocidade.
d) A ESE situa-se junto ao principal eixo rodoviário de entrada/saída de Esmoriz e é por isso muito movimentada. As horas de ponta são inacreditáveis: Autocarros a descarregar alunos em cima do cruzamento, carros e camiões a circular em todas as direções, alunos a atravessar as passadeiras onde estão outros carros a descarregar outros alunos, professores e alunos atrasados tentam as manobras mais elaboradas para chegar ao destino pois as ruas ficam completamente bloqueadas, carros que largam alunos no meio do cruzamento, moradores que pretendem sair dos prédios vizinhos, clientes e fornecedores dos estabelecimentos comerciais existentes em frente à escola, etc…
e) A carga e descarga de passageiros dos autocarros também é efetuada em local impróprio, fora das duas paragens ali existentes. As paragens de autocarro estão completamente desprotegidas e sem as mínimas condições de conforto, aliás, algo que acontece em toda a Cidade.
f) Luz insuficiente na Rua da Casela. Sugerimos a troca por lâmpadas LED tal como existe na Rua da Estrada Nova.
g) Falta de vigilância policial. Sabiam que existe apenas um Fiat Punto da Escola Segura com 4 polícias para patrulharem diariamente as escolas dos municípios de Ovar, Estarreja e Murtosa além de outros serviços que também desempenham que não estão diretamente ligados à escola? Acham que esta vigilância é eficaz? Não nos parece que seja de todo suficiente. Exigimos mais vigilância.
h) No processo de Requalificação da escola secundária deve-se tentar criar condições para concentrar o 3º ciclo e secundário na ESE e retirar o 3º ciclo da Florbela Espanca ficando apenas com o 2º ciclo. A ESE não tem falta de espaço em seu redor para edificar mais blocos de forma a albergar mais alunos.
i) Com as obras recentes levadas a cabo pela TDN, as águas e lamas são encaminhadas para o espaço junto ao pavilhão gimnodesportivo ao lado do portão, a norte da escola, criando ali uma verdadeira piscina de lama impedindo o acesso a essa entrada.
j) Foi licenciado e contruído um Parque de Veículos Pesados pela empresa Esmoriztur mesmo em frente à Escola. A obra, ainda por estrear, tem a única entrada/saída de Veículos Pesados pela Rua da Casela em frente à escola. Não é admissível que o trânsito de veículos pesados possa vir a acontecer naquela rua pois coloca em causa a segurança das centenas de crianças e jovens que frequentam o espaço escolar, com a agravante da largura da Rua não ser larga o suficiente para esse tipo de tráfego.
k) A ligação da Rua da Pinha à Rua da Casela é um caminho em terra, que depreendo seja privado com utilização pública… É um caminho no meio do mato, sem qualquer iluminação, sem quaisquer condições para o trânsito mas que é muito utilizado por crianças, jovens e muitos adultos (tenho a informação que o Sr. Padre de Paramos usa este caminho para se deslocar para a sua Igreja). Aproveite-se esta onda de limpeza dos matos em redor das habitações e escolas para se definir de uma vez por todas esta situação. Por curiosidade, o Google Maps assinala aquele trajeto privado como caminho público.
l) Propomos que a Travessa da Estrada Nova, junto ao bloco B, seja devidamente pavimentada e ordenada por forma a criar um parque de estacionamento privativo para viaturas de docentes e não-docentes, facilitando o acesso destes à escola sem ter que passar pela confusão que é a Rua da Casela durante as horas de ponta. Com esta alteração libertar-se-ia espaço na zona frontal da escola para assim permitir maior fluidez do trânsito naquela rua. Permitindo, inclusivé, que os autocarros de transporte de alunos circulassem naquela rua para carregar e descarregar os passageiros em segurança.
Como puderam ouvir, temos aqui um conjunto de situações onde a CMOvar pode e deve intervir para resolver alguns destes problemas.
3-Quanto ao estado de degradação e condições de risco no interior do espaço escolar queríamos salientar que:
a) Devido à infiltração das águas subterrâneas e aos aterros realizados aquando da construção da escola, os pisos do rés-do-chão de algumas salas estão a abater. No bloco B, nomeadamente na sala 22, há zonas em que piso desceu mais de cinco centímetros. Esta situação é também já visível no refeitório. Junto ao pavilhão gimnodesportivo e ao pavilhão E (cantina, refeitório e polivalente) os passeios exteriores estão muito abatidos e irregulares devido, tudo indica, às linhas de água subterrâneas que principalmente no inverno por ali circulam com grande abundância. Em muitos locais os passeios já não existem. A nosso ver há o risco potencial de colapso do piso em alguns locais da escola.
b) A escola, sempre teve problemas relacionados com a sua fase de construção – decorrentes de deficientes terraplanagens, deficientes compactações e consolidações dos aterros de que sempre se ressentiram as suas infra-estruturas.
c) Apenas uma parte da escola está ligada ao saneamento público. Os blocos E (cantina, refeitório e polivalente) e o pavilhão gimnodesportivo estão ligados a uma fossa séptica, que retém os dejetos e os transforma em lamas, que por sua vez está ligada a um poço sumidouro, onde este faz descargas das águas daí resultantes, diretamente para o solo, contaminando as linhas de água existentes no subsolo, sendo esta situação ambientalmente condenável. Quando chove muito os dejetos são projetados para o exterior das fossas.
d) A tela asfáltica de reveste a cobertura de todos os blocos da Escola Secundária já tem muitos anos, já ultrapassou em muito o seu prazo de validade. No Bloco A há uma infiltração de água das chuvas através da cobertura, que ainda não se conseguiu ver a origem e que faz com que chova na sala 19.
e) O tapete betuminoso do recreio da escola está em muito mau estado de conservação. Na parte posterior da cantina, no inverno, formam-se ali autênticos lagos. Em praticamente todo o recinto escolar o piso tem muitos buracos.
f) Apenas uma parte da escola está ligada ao saneamento público. Os blocos E (cantina, refeitório e polivalente) e o pavilhão gimnodesportivo estão ligados a uma fossa séptica, que retém os dejetos e os transforma em lamas, que por sua vez está ligada a um poço sumidouro, onde este faz descargas das águas daí resultantes, diretamente para o solo, contaminando as linhas de água existentes no subsolo, sendo esta situação ambientalmente condenável. Quando chove muito os dejetos são projetados para o exterior das fossas.
g) As obras de conservação e de manutenção realizadas têm sido casuísticas e pontuais não tendo nunca resolvido os problemas estruturais de fundo.
h) O pavilhão gimnodesportivo para além dos problemas na cobertura, infiltração de água e paredes muito fissuradas, carece de uma intervenção considerando a frequência de utilização (diurna e noturna), a diversidade de utilizadores (escola e comunidade) e a sua rentabilização.
i) É ainda urgente a construção de uma cobertura que permita o acesso, abrigado das intempéries, de alunos, professores e pessoal auxiliar de ação educativa entre os blocos e o pavilhão gimnodesportivo.
j) As caixilharias das janelas não têm qualquer capacidade de isolamento, o que torna as salas de aulas extremamente frias. Recentemente a escola adquiriu aquecedores para algumas salas, mas quando se pretende usá-los o quadro elétrico não aguenta a potência destes aparelhos.
k) Falta de um Auditório confortável e com capacidade suficiente que permita a organização de palestras, encontros, formações, apresentações de trabalhos dos alunos, entre tantas outras atividades.
l) Os campos desportivos ao ar livre existentes na escola carecem de intervenção urgente no sentido de permitirem a sua utilização efetiva, uma vez que se encontram praticamente inativas e desperdiçadas por grave degradação, apesar do seu enorme potencial, se recuperadas. O próprio piso destes campos deportivos põe em risco a integridade física dos alunos, motivo que acarreta até a impossibilidade do cumprimento ou da concretização de conteúdos dos programas curriculares da disciplina.
m) O espaço polivalente é um espaço despido e frio que está completamente colocado à parte das restantes áreas mais frequentadas pelos alunos.
n) A escola precisa de intervenção nos laboratórios e espaços oficinais considerando o seu estado, apetrechamento, utilização, gestão e rentabilização e o reforço do ensino experimental de ciência e tecnologia.
o) É urgente uma intervenção e adequação das instalações sanitárias.
p) Os bancos exteriores, papeleiras e bebedouros estão em elevado estado de degradação.
q) A pintura das paredes, sobretudo das interiores, está muito degradada, especialmente nas salas de aula.
r) A escola não tem rede de recolha de águas pluviais. Todos os blocos, incluíndo o pavilhão gimnodesportivo, têm caleiras, tubos de queda de águas pluviais, que por sua vez estão ligados a caixas de visita “rotas”. Como consequência desta solução construtiva adotada, verifica-se o assentamento dos passeios circundantes, com evidente degradação dos mesmos.
s) As canalizações apresentam grande estado de corrosão.
t) A escola localiza-se em plena orla marítima o que tem constituído um fator de agravamento do desgaste dos edifícios.
4-Finalmente, e não menos importante, a falta de equipamentos municipais na Cidade de Esmoriz que atraiam e ajudem a fixar os jovens.
O que pretendemos é a REQUALIFICAÇÃO E MODERNIZAÇÃO do espaço escolar de forma a torná-lo mais atrativo e adaptá-lo às exigências do tempo atual o mais URGENTE possível. A escola necessita urgentemente de adequar os espaços considerando a diversidade de atividades curriculares, a adaptação às novas exigências didáticas e à evolução dos currículos e a necessidade de métodos de ensino mais personalizados e laboratoriais.
Recordamos também que, na altura da Páscoa, a ESE é usada como local de concentração de centenas de atletas que praticam voleibol, provenientes de todos os pontos do país e também do estrangeiro. O TIVE, Torneio Internacional de Voleibol de Esmoriz, organizado pelo Esmoriz Ginásio Clube, é um evento muito importante para a cidade e para o concelho, por isso, é também, mais um motivo para darmos melhores condições quer de conforto a quem ali fica instalado durante 5 dias quer à utilização intensiva do pavilhão gimnodesportivo, vestiários e balneários.
Sabemos que o tempo de preparação de um processo desta natureza é longo e por isso quanto mais tarde se começar menos alunos continuaremos a ter a estudar em Esmoriz. Sabemos que o número de crianças do concelho tem vindo a decrescer. Se, ainda por cima, não lhes dermos as condições para se fixarem na nossa freguesia então não estaremos a acautelar o futuro da Cidade de Esmoriz no plano da educação, da cultura, das competências e consequentemente no desenvolvimento social e económico.
Os cerca de 16km que nos separam do centro do concelho é por si só um fator de exclusão para a população de Esmoriz, mais concretamente para os jovens e idosos. Estamos longe de todas as infrastruturas importantes do concelho: Espaços Públicos Polidesportivos, Piscinas Municipais, Biblioteca bem apetrechada, Centro de Arte, Escola de Artes e Ofícios, Auditório, locais públicos de convívio e diversão, etc, …
Os jovens encontram a apenas 8km de Esmoriz, em Espinho, uma série de equipamentos municipais e escolas que acabam por atraí-los a fazer a mudança para os territórios vizinhos logo no 9º ano.
O Sr. Presidente da Câmara visitou a ESE no final do seu mandato anterior, a 21 de fevereiro de 2017, que, aliás, tivemos a oportunidade de acompanhar, e confesso, muito sinceramente, que ficámos muito esperançosos que algo viesse a ser despoletado pela CMOvar após essa visita. Contudo, até agora, não vislumbramos qualquer mudança.
-As perguntas finais que deixamos ao Sr. Presidente da Câmara:
1) Que mal é que a comunidade escolar da Escola Secundária de Esmoriz fez para NÃO MERECER da parte das entidades competentes a mesma atenção que outras escolas secundárias do país mereceram?
2) Quando é que iremos ter a escola secundária de Esmoriz requalificada e modernizada?
PARA CONCLUIR:
Gostaríamos de dizer que queremos uma escola FUNCIONAL, CONFORTÁVEL, SEGURA e SALUBRE para melhorar a APRENDIZAGEM e SOCIALIZAÇÃO e ainda para o DESENVOLVIMENTO e CAPTAÇÃO DE TALENTOS.
Precisamos de mais ENERGIA da parte dos órgãos autárquicos para AFIRMAR ESMORIZ e, de uma vez por todas, dar a volta a isto.
Recentemente, um líder político disse: “Os professores são profissionais do conhecimento. Não são animadores de sala de aula”.
Diríamos de outra forma: Quem é que não gostaria, que os nossos filhos, tivessem aulas animadas, criativas, inovadoras baseadas nas melhores e mais modernas práticas pedagógicas, no rigor e na excelência do conhecimento dos nossos profissionais da educação num ambiente acolhedor, inclusivo e confortável para todos? Nós gostaríamos. A NOSSA COMUNIDADE ESCOLAR MERECE.
Este é o nosso GRITO DE ALERTA para com todas as entidades competentes. Mediante tudo aquilo que dissemos aqui esta noite, esperamos agora que ajam rapidamente em conformidade de forma a prevenir acidentes potencialmente graves.
Nós fizemos a nossa parte, compete-lhes agora a todos vós agirem e responsabilizarem-se por tudo aquilo que possa acontecer daqui para a frente. Se algo correr mal é aos gestores e decisores que iremos pedir responsabilidades.
Temos um conjunto de propostas que não precisam de aguardar pelo projeto de Requalificação e Modernização da ESSE e que deviam avançar o mais breve possível. São elas:
1) Reorganização da Rua da Casela
• Expropriação do mato em frente à escola numa faixa de cerca de 3 a 5 metros para alargamento da rua e introdução de passeio.
• Reorganização do estacionamento a nascente
• Proibição de estacionamento a poente
• Mudança do local destinado a pessoas com mobilidade reduzida (evitando o atravessamento da rua)
• Estudar a possibilidade de introduzir a paragem de autocarro nesta rua
• Não permitir entrada e saída de veículos pesados no parque da empresa Esmoriztur pela Rua da Casela
• Trocar a iluminação da Rua da Casela por lâmpadas LED.
ANTES
DEPOIS
2) Iluminação inadequada da Rua da Casela
O estado atual da iluminação na Rua da Casela junto à entrada da Escola Secundária.
3) Travessa da Estrada Nova
• Pavimentar e organizar um estacionamento privativo na Travessa Estrada Nova para pessoa docente e não docente
• Criar um portão de entrada na esquina da Travessa com a Rua de forma a permitir a entrada controlada do pessoal docente e não-docente. Pavimentação do acesso do portão ao pavimento já existente em redor do bloco B para acesso dos docentes e não-docentes bem como a viaturas de socorro.
• Criação de uma rampa de acesso a viaturas de emergência à cantina a partir do bloco D na parte poente.
• Criação de uma zona desnivelada na passadeira junto ao entroncamento da Travessa da Estrada Nova com a Rua da Estrada Nova semelhante à existente no cruzamento da Rua da Estrada Nova com a Rua da Casela.
ANTES:
DEPOIS
4) Na Rua da Estrada Nova
• Criação de uma zona desnivelada na Rua da Estrada Nova nas zonas onde não existem passeios, semelhante à existente no cruzamento da Rua da Estrada Nova com a Rua da Casela.
Intervenção na Assembleia Municipal de Fernando Cardoso,
presidente da APESE-Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Secundária de Esmoriz 2017/2018
Texto também publicado no OvarNews
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