Desde o início da época balnear de 2017 que se encontram suspensas as intervenções de dragagem na Barrinha de Esmoriz. Domingos Silva, vice-presidente da Câmara Municipal de Ovar, quando confrontado pelo eleito socialista Oliveira Dias em sessão de Assembleia Municipal, admitiu que a paragem das obras foi motivada pela rescisão de contrato pela Polis Litoral Ria de Aveiro que alega incumprimento por parte do empreiteiro, tendo este último recorrido para as instâncias judiciais.
Neste momento, e segundo avança igualmente o Diário de Entre Douro e Vouga, a Polis Litoral está a preparar um novo concurso de forma a reiniciar ou retomar os trabalhos, mas a verdade é que ninguém se compromete a avançar com a calendarização da nova empreitada.
Recorde-se que as operações de desassoreamento eram um dos principais vértices da obra de requalificação e valorização da Barrinha de Esmoriz, estando prevista a dragagem de 272.000 metros cúbicos de sedimentos e a sua deposição por repulsão na costa, a norte do esporão norte e a sul do esporão sul.
Em jeito de interpretação final, esta é mais uma obra pública que, depois de tantas burocracias no plano teórico, agora também conhece adversidades imensas na vertente prática. Para já, os equipamentos (nomeadamente a draga) estão abandonados no meio da lagoa, sem que ninguém saiba o que irá acontecer em breve.
Esta era uma obra que, apesar das suas limitações ao nível de beneficiação ambiental, já deveria ter sido terminada em 2017, mas pelos vistos, e à boa maneira portuguesa, pode até nem ficar concluída em 2018...
Imagem nº 1 - As acções de desassoreamento da Barrinha encontram-se suspensas há mais de seis meses.
Foto da autoria de Adérito Ferreira
Nao conheco os termos do contrato mas o que temos visto e que poucos sao os contratos que sao compridos. Ou por interesses ocultos ou por incuria dos contratantes... Pena e que estas situacoes sempre trazem beneficios maquiavelicos...estarei errado ?!
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