A Tanoaria Alfredo de Sá chegou a produzir diariamente centenas de barris nos inícios do século XX. Nos tempos áureos, dezenas de trabalhadores operavam ali arduamente de forma a fabricar as melhores pipas que depois serviriam para albergar vinhos (nomeadamente o do Porto), azeite, conservas, etc.
O advento dos tempos modernos e das tecnologias, fez com que a Tanoaria se tornasse numa arte em vias de extinção, tendo em conta a mecanização gradual que se seguiu. O posto de tanoeiro começou a ser ameaçado pelas máquinas, além da aprendizagem desta arte ser dura e exigir boas capacidades físicas, desmotivando assim potenciais candidatos.
Em Esmoriz, ainda resistem hoje duas tanoarias de alta qualidade, nomeadamente a Tanoaria JOSAFER e a Tanoaria Ramalho que continuam a ser referências de uma tradição enraizada na identidade colectiva de Esmoriz.
Por seu turno, a Tanoaria Alfredo de Sá deixou de existir há umas décadas atrás. Hoje restam apenas as ruínas da sua memória.
Imagem nº 1 - Uma Tanoaria abandonada em Esmoriz. Cremos que se trata da Tanoaria Alfredo de Sá, situada perto da estação de Esmoriz.
Direitos da Foto - José Fangueiro
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