Os Hipócritas
Se calhar, todo o ser humano encerra em si um maior ou menor grau de hipocrisia. Todavia, o verdadeiro hipócrita é aquele que tem o maior grau dessa «doença»; aliás, um grau enorme, tremendo: é aquele que tem duas caras e sorri-nos, mas, por trás dá uma «facadinha» nas costas. O hipócrita é o maior falso de todos. Depois, querem que todos se comportem, segundo os seus parâmetros distorcidos, como se o ser humano fosse feito numa fábrica com moldes todos iguais.
Há vários tipos desta espécie, que se calhar, não é rara. Porém, os piores, quiçá, sejam aqueles que se escondem atrás da religião. Sim, grande escape.
Andam ali, mas não são exemplo, para ninguém, porque quem julga sem saber, quem inventa, quem demonstra ser uma coisa e faz-se passar por aquilo que não é, não tem legitimidade para, sequer falar.
Têm todo o direito de escolherem o seu caminho, só que para saber da vida dos outros realmente, só se calçarem os sapatos da vida dessa pessoa. Sabemos lá nós, o que passará a pessoa x ou pessoa y. Mas o juiz humano e o hipócrita reversível (só que só reverte para a maldade). Dão para os dois lados, tipo colcha (mas a colcha não é hipócrita); não sabem nada, mas destilam o veneno.
Só a bondade e a empatia é que deveriam ser ambas reversíveis para estas pessoas. Conquanto, o que interessa é fazer de conta. E enganam até um dia…
Chegará um dia em que já não enganarão ninguém. Será cármico, mas a vida é mesmo assim: acção, reacção.
Os hipócritas são as Perpétuas da vida, as suas vítimas, as Tietas. Errar, faz parte da natureza humana, mas, o hipócrita deve achar que não erra e que é um grande exemplo.
Os hipócritas têm «caixinhas brancas» escondidas «nos roupeiros da sua alma». Os hipócritas serão sempre, Perpétuos/as.
Ana Roxo
Licenciada em Estudos Portugueses e Germânicos
Escritora/Poetisa natural de Esmoriz
Imagem meramente exemplificativa retirada do Portal Veneza
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