Os vereadores socialistas da Câmara Municipal de Ovar vieram a público criticar algumas das despesas viabilizadas pelo executivo social-democrata da mencionada autarquia no âmbito do combate à propagação da pandemia do COVID-19. Em causa está o período da Cerca Sanitária, mais concretamente verificado entre os dias 18 de Março e 17 de Abril.
Artur Duarte e Fátima Bento analisaram as contas e criticam o facto de se terem comprado máscaras a gelatarias, construtoras e a empresas criadas dias antes.
Os vereadores socialistas não compreendem ainda porque a aquisição de máscaras foi feita junto de 7 firmas do concelho de Águeda. E ainda pedem explicações devido ao facto da autarquia ter gasto 120 mil euros durante aquele período de um mês só em alojamento e nas refeições dos elementos do Gabinete de Crise. Os socialistas admitem que algumas encomendas de serviços e equipamentos poderão ter acabado por conhecer valores inflaccionados.
O relatório compilado pelos socialistas vareiros conclui que poderão ter existido "práticas ambíguas e desguarnecidas de bases protocolares", sendo que nalguns casos alegam inclusivamente a insuficiência de dados descritivos sobre as encomendas (sobretudo no que diz respeito à quantidade e aos serviços prestados).
Salvador Malheiro, Presidente da Câmara Municipal de Ovar, já reagiu a estas críticas, afirmando que está de consciência tranquila e recordou que o concelho enfrentava naquela conjuntura um contágio comunitário que exigia uma resposta imediata e determinada. O edil remeteu para mais tarde os esclarecimentos técnicos que serão dados por parte do seu Departamento Administrativo, Jurídico e Financeiro e lamentou por outro lado a falta de solidariedade e o distanciamento dos vereadores socialistas durante a crise pandémica.
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