A vida, ou é tudo, ou é nada!
(Poema da autoria de Ana Roxo*)
Todos chegam ao final da estrada,
A vida, ou é tudo, ou é nada!
Peça de teatro, algo inacabada.
É começo; é vida depois findada!
Há quem tenha nascido já moribundo,
Vive na letargia ou parece estar...
Não sabe que o prazer mais jucundo:
É abrir-se ao mundo, feliz, para Amar!
Há quem seja quase só audiente,
Quem esteja constantemente doente.
Intervenientes, deveremos ser, igualmente.
Não podemos morrer cada dia lentamente...
Correm os panos da vida costumeira,
Não somos ninguém - achamos ser...
Há quem viva sem chama verdadeira,
Há quem sobreviva apenas, sem viver!
Estamos cá para nos aprimorar,
Para o tesouro da felicidade encontrar.
Vivemos de olhos fechados e a chorar.
É dentro do imo que a vamos achar!
Humanidade que vive sem viver,
Que mata, Brízida Vaz do maldizer,
Que não sabe, nem quer saber,
Tudo é reflexo no espelho do viver!
A vida, para muitos, pode aqui, terminar;
Cada um é livre de controlar o seu pensar.
Mas, se calhar, esta é apenas uma viagem,
Termina aqui e recomeça na outra margem!
*Poetisa Esmorizense, Licenciada em Estudos Portugueses e Alemães
(imo=íntimo)
Foto meramente exemplificativa retirada da Página "Pintora de Palavras"
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