sábado, 9 de julho de 2016

Estado degradante do Cine-Teatro de Ovar motivou reacção de Florindo Pinto

Contexto: No decurso desta semana, tivemos a notícia da queda do telhado do Cine-teatro de Ovar, um pólo cultural que se encontra ao abandono e que merecia um tratamento mais digno. Também em Esmoriz, o mesmo se sucede com o Esmoriztur, com a agravante de que este último edifício pertence mesmo à autarquia que, desde há alguns anos para cá, nada tem feito para reabilitar esta casa que outrora marcou a vida de várias gerações esmorizenses.
Em seguida apresentamos o artigo recente de Florindo Pinto no "OvarNews", o qual corroboramos em todos os pontos.


Afinal, há explicação!


Já tivemos a oportunidade de comentar e questionar o porquê, junto de figuras ligadas ao poder autárquico, sobre a razão que lhes assiste para a realização das muitas festas e festinhas, que vão acontecendo por aí. É a alegria do povo, foi-nos dito.
Em verdade, o povo tem nessas manifestações a possibilidade de, temporariamente, esquecer ou minimizar as agruras da vida e de esquecer o pagamento dos impostos que abastecem os cofres da Câmara de Ovar.
E, com este “tipo de coisas” e com os dinheiros do povo, a Câmara alimenta a cultura, ao ar livre, “mostra-se” e uma “quantidade” do povo vai dizendo; “isso sim, é trabalho”.
Sou povo e tenho a minha interpretação do “tal trabalho”. E com o decorrer dos tempos e do ouvir aqui e ali, estou a encontrar a explicação para o não cumprimento de algumas promessas eleitoralistas.
Por cá, queixamo-nos do estado de adiantada degradação do Cine Teatro Esmoriztur e, agora, ouve-se, em S. Cristóvão de Ovar, o “grito de alerta” pelo que está a “sofrer” o edifício do Cine Teatro de Ovar.
É. É mesmo assim. As obras de recuperação são de custo elevado e, no imediato, não é considerado de “trabalho”. Logo, entre o esbanjar dinheiro por aí, nas festas e festinhas, no “mostrar eleitoralista”, – tudo termina com o último foguete ou o desmontar da banca – mas as novas eleições estão já ali e o bom senso de investir em bens duradoiros, há que aproveitar a “onda”, num concelho de emoções, alimentando, com o que a todos pertence, a hipótese de se conseguir uma “nova energia”.
Afinal, para tudo existe uma explicação e o conceito de esbanjar ou investir, sempre pode ser explicado. 


Florindo Pinto
7 de Julho de 2016
Texto publicado no OvarNews



Afinal, há explicação – Florindo Pinto

Foto retirada do Site Noticioso OvarNews

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