Depois de um período ausente, regressa o Cão Vicente - o cão aldrabão, prepotente, sem encãotamento, incãogruente, incãosequente, incãopetente, incãosistente e todos os palavrões e sinónimos deprimentes que vos venham à mente!
O nosso incãonóbil ser de duas patas traseiras e duas dianteiras, que late bués e é incãopreendido, esteve de licença sabática - licença forjada- é assim mesmo- este morCão de vida errática!
Regressou no Verão - época quente e cãovidativa para ver as cãodelas em biquíni e uma ou outra despida!
Cãoprou uns calções - último modelo, estilo Zezé Cãomarinha - para ir a banhos à Praia da Barrinha!
Durante o seu tempo de ausência, formou uma banda cãonina, formada por 3 elementos mais a boazona da sua prima. Eram os Cão Vicente e os CãoDemónio, banda que até punha em pé os cabelos de todos os santos, sobretudo o Santo António!
Eram tão maus, tão maus, mas tão maus, que até era cãostrangedor e ensurdecedor e ninguém queria ouvir esta banda cãonina mais o seu chalado cãotor!
A prima boazona, era perita da área fina: usava roupa apertada e reduzida e a sua graça era Cãodessa Micãolina!
Só eram cãovidados para festas locais, como cãotavam e tocavam tão tão mal; no fim, levavam com frutas e putrefactos vegetais. Até levava com as Couves de Bruxelas e as Bolas de Berlim, este cãodenado, enfim!
Mas, agora, como diz uma senhora da Tv que gosta de programas cãofrangedores e fatelas: isso, agora não interessa nada - o que cãota são as idas à praia para ver, à beira-mar - as cãodelas!
Chegou à praia, com os seus calções insinuantes - achava-se tão quente e sexy e pronto para a cãofraternização - achava-se a cereja no topo do bolo, este incãoformável cão!
Atirava-se ao mar, mesmo revolto e cão bandeira vermelha - sempre pronto a cãoquistar - mas que grande azelha! Qualquer moça mais bonita, era alvo deste cãodoível ser cãonino - agora estava tão rubro, que mais parecia um cãodimento vermelho tipo cãolorau, que até tinha queimado o pirilau!
Numa das suas voyeristas cãoquistas, ou melhor, pseudocãoquistas, armou-se em nadador salvador para uma «bella ragazza», salvar, que só depois se lembrou que não sabia nadar - começou a engolir água: glub, glub e começou a se afogar!
Tanto foi o aparato e até deu na televisão, que, vergonha, para o pobre cão!
Mas, como sabem este é um cão de taras e de manias - começou também a cãoçar Pokãomons, juntamente com as suas velhas tias! Cãoçava ali, acolá, até debaixo dos biquínis das belas musas prendadas. Oh, coitado, levou tantas dentadas e pontapés no cu, que se ele fosse um Pokémon seria o Pikaku!
O seu intuito era também cãoçar alguma linda cãodela - virgem, pura e singela - coitado, ainda acreditava no Pai Natal, este ser de meia tigela!
Ele só fazia asneiras, não seguia cãoselhos, não havia cãodições... Nenhum cãocelho do país aguentava este cão com os seus calções - nem na Praia da Barrinha, nem em todo o território das Emoções!
Conto da autoria de Ana Roxo
Poetisa e Escritora de Contos Infantis
Imagem nº 1 - O Cão Vicente é uma das principais inovações da escritora esmorizense Ana Roxo que recorre ao jogo fantasioso de palavras de modo a cativar as plateias mais novas.
Texto e Imagem retirados do seguinte site: http://anjosdaminhainspiracao.blogspot.pt/2016/07/o-regresso-do-cao-vicente.html?spref=fb
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