A Barrinha voltou a ter uma ponte, quando a última terá ficado desabilitada durante os inícios da segunda metade do século XIX. Se as obras promovidas pela Sociedade Pólis Litoral da Ria de Aveiro deixaram a desejar em alguns capítulos fundamentais, nomeadamente ao nível da despoluição e do desassoreamento substancial da lagoa, a verdade é que tiveram o mérito ou o condão de reintegrar a lagoa no seio das comunidades de Esmoriz e Paramos. Efectivamente, houve uma valorização social daquele espaço ambiental que então se encontrava votado ao abandono. E creio que isso ninguém poderá negar. Os passadiços, interligados então com a própria ponte, favoreceram o novo advento das saudáveis caminhadas.
Através daquela mencionada ponte, não será possível observar barcos ou aves raras (as quais pela timidez, tenderão a afastar-se da presença humana), mas ainda assim todos podem desfrutar de um autêntico miradouro. A poente, o cidadão poderá observar a praia, o mar, o dique, enquanto que a nascente, logrará vislumbrar todo o caniçal e algumas espécies vulgares da avifauna, nomeadamente patos, gaivotas, corvos, etc. É, por isso, uma estrutura com potencial turístico que qualquer um poderá desfrutar livremente.
A foto magistral que apresentamos de seguida é da autoria de José Lopes e revela bem os traços de madeira desta ponte que ajudou a unir ainda mais as populações de Esmoriz e Paramos.
Foto da autoria de José Lopes
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