sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Correio do Leitor - Luís Miguel Sá critica as constantes transgressões à Constituição Portuguesa e defende a demissão do actual governo!



Anarco-Democracia de direita! 


A democracia não é dispensável, como o governo e os partidos de direita querem fazer crer. Este país tem uma Constituição e é por ela que nos orientámos. Não se pode permitir que se passe com um Orçamento por cima da Constituição só porque o FMI mandou, tão pouco pode Passos Coelho dizer que está mandatado para fazer o que for preciso, porque, se bem se lembram, os partidos são eleitos na base de programas e estão apenas mandatados pelo voto para cumprir o seu programa! 


Este é o momento de dizer chega! Basta! Não queremos que nos governem assim, queremos uma governação séria e transparente. Não sei se os governantes de direita se olharam ao espelho, mas se olharam nele, não viram de certeza a democracia. Ainda não compreenderam que a Constituição não é uma barreira ultrapassável? É um muro de direitos que deve ser indestrutível, pois resulta da necessidade de pôr fim à miséria e à pobreza que vinham do fascismo e defende os portugueses de políticas e pessoas como estas que nos governam hoje em dia. 


As várias tentativas de menosprezar a Constituição, apresentando um Orçamento com várias normas inconstitucionais, só demonstra a incapacidade que este governo tem de jogar perante as regras do jogo, então, querem criar um jogo sem regras. 


É com esta visão de que não existem leis nem regras que PSD e CDS têm governado o país. É a chamada anarco-democracia de poder, onde tudo vale sem que ninguém possa justificar as políticas adotadas. Para que serve o aumento de impostos sobre o rendimento, através do IRS, se isso vai aumentar a recessão? Para que serve o corte de subsídios se isso só vai trazer mais pobreza? A quem servem estas normas ilegais, inconstitucionais? Ao FMI, à banca que especula sobre a dívida, aos portugueses é que não servem, certamente! 


Uma recessão que alimenta a recessão é uma espiral de onde ninguém nos tira; se continuarmos por este caminho estamos perante um monstro que consome toda a economia portuguesa: a recessão económica. 


Quem poderá dizer a Passos, Portas, Gaspar e amigos que basta desta politica e mostrar a porta da demissão? 

Manifestações e desemprego não bastam para demitir estes senhores? Será que precisam de criar mais pobreza no país? De quantos mais milhares de milhões necessitam? Quantos mais milhares de milhões pensam tirar ao bolso das famílias portuguesas para colocar na banca? 


Gente com um autismo governativo que não vêm mais nada senão negócios e mais negócios e mais …. Poder. 


A entrada do Orçamento de Estado para 2013 no Tribunal Constitucional e os vários pedidos de fiscalização sucessiva feitos pela Bloco, PCP, Verdes, PS e até pelo Presidente da República e pelo Provedor de Justiça comprovam a incompetência do Governo, o seu desrespeito pela lei fundamental do país e o seu nojo pelo Estado solidário, justo e social que está consagrado na Constituição. 


Temos um governo que não sabe onde pode ir, mas que sabe onde quer chegar. Só faltará saber se os portugueses vão deixar retirar os direitos consagrados pela Constituição sem que ninguém se pronuncie sobre isso. 


Sempre podemos optar lutar pelos nossos direitos ou pela demissão deste governo PSD - CDS, sinónimo de manifestarmo-nos na rua em vez de ficar em casa. 


O início do ano trouxe mais austeridade, o relatório que o Governo encomendou ao FMI quer trazer ainda mais dificuldades à nossa vida (aumento de taxas moderadores, aumento de propinas, redução do subsídio de desemprego, despedimentos massivos nas escolas e no privado). A tudo isto responderemos com a única coisa que pode garantir estabilidade na vida dos portugueses: demissão do Governo, já!


Luís Sá




Imagem nº 1 - Se desejar dar a sua opinião sobre um tema em específico, deve fazê-lo para: cuscodeesmoriz@hotmail.com 

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