Os passadiços estão, cada vez mais perto, da sua concretização final. Por outro lado, vislumbrámos os novos alicerces de pedra que irão segurar a futura ponte, esta já "estacionada" junto ao pegão respectivo de Paramos.
Se a obra estrutural corre bem, o mesmo não podemos dizer em relação às dragagens. Fomos nós em primeira mão que mencionámos que estava a prevista a chegada de novas dragas porque a única que havia era claramente insuficiente. Havia muito lamaçal, lodo e sedimentos por extrair, o que originou um claro (e não ligeiro, como alguns fizeram indiciar) atraso nas operações de dragagem. A segunda draga chegou no dia de hoje (2 de Maio), a terceira estará por dias.
Hoje já vimos, por isso, as duas dragas a intervir em simultâneo - uma localizada mais a nascente, e a outra a actuar perto dos novos pegões de pedra da ponte. O objectivo passa por vencer esta corrida contra o tempo, já que as obras devem estar concluídas até Julho.
No entanto, duvidamos que as acções de desassoreamento atinjam um sucesso estrondoso, até porque tal implicaria sempre um crescimento considerável do caudal da lagoa, cenário que, por seu turno, poderia originar, em caso de cheias, o alagamento dos terrenos habitados nas circundâncias.
Entretanto, alguns leitores continuam a fazer chegar-nos imagens da poluição que é descarregada na Barrinha pelos seus afluentes. O caso dramático da ribeira de Rio Maior é por demais evidente. Como é que a lagoa poderá vir a ser propícia a banhos, desportos (tipo canoagem ou paddle) e actividades piscatórias, se a sua água nunca voltará a ser límpida?
Do ponto de vista estrutural, há no entanto um mérito a reconhecer. Com passadiços e uma ponte (esta deverá atingir uma altura interessante - 3 metros - dada a imponência dos alicerces já arquitectados), a Barrinha voltará a atrair uma presença humana mais sólida, sendo assim reintegrada no mapa. Talvez esse seja o principal trunfo desta obra. Ver pessoas a fazer caminhadas pelos passadiços e a usufruir de miradouros é algo que certamente será muito útil. Também a remoção de plantas infestantes e a introdução de espécies adaptáveis àquele sítio ambiental é outro facto de relevar pela positiva.
Mas desenganem-se todos aqueles que pensam que a requalificação da lagoa será total, visto que o projecto acaba por assumir moldes limitados e incompletos no que refere aos problemas de fundo (leia-se poluição e assoreamento).
Ainda assim, o projecto contempla algumas vantagens.
Imagem nº 1 - A segunda draga em acção. Ao longe, vê-se ainda a ponte que será colocada em breve e que fará a ligação entre Esmoriz e Paramos.
Imagem nº 2 - Os novos pegões de pedra da futura ponte.
Imagem nº 3 - A draga original actuava na zona nascente da lagoa.
Imagem nº 4 - O sol reluzia nas águas da Barrinha.
Imagem nº 5 - Os passadiços avançam em bom plano.
Imagem nº 6 - Muitos chorões, plantas infestantes, foram removidas para dar lugar a plantas autóctones.
Imagem nº 7 - A Barrinha e a sua paisagem.
Imagem nº 8 - O dique fusível foi também reforçado.
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