É já uma novela sem fim à vista, e como diz o ditado, "palavras, leva-as o vento".
Ainda não é desta que começam as obras de requalificação da Linha Ferroviária do Norte entre Vila Nova de Gaia e Ovar. É certo que nesta fase, estava apenas contemplado o troço entre Vila Nova de Gaia e Espinho, mas a verdade é que esta empreitada já não deverá arrancar no segundo semestre de 2019, como se previa anteriormente. O procedimento burocrático retornou à fase inicial porque nenhum dos projectos apresentados satisfez o valor base de adjudicação.
A Infraestruturas de Portugal queixa-se de que as propostas apresentadas superavam o valor base do procedimento.
Por isso mesmo, a entidade optou pela "não-adjudicação da empreitada", lançando em seguida um novo procedimento concursal.
Segundo o Porto Canal, as obras, caso venham um dia a avançar, prevêem a renovação integral da super-estrutura da plena via, bem como a
eliminação de todas as passagens de nível rodoviárias e pedonais, o que
implicaria depois a construção de 17 travessias desniveladas, o alargamento de plataformas de
acesso de estações e apeadeiros, a alteração do 'layout' das estações de
Granja e Gaia, e a criação de duas vias de resguardo electrificadas, com
750 metros, para aumento da capacidade da via no transporte de
mercadorias, etc.
A Infraestruturas de Portugal não pretende esclarecer para já se o arranque em falso desta primeira fase de intervenções previstas para a extensão compreendida entre Gaia e Espinho irá implicar um novo adiamento das posteriores intervenções na linha entre Espinho e Ovar, e na linha do Vouga, entre Espinho e Oliveira de Azeméis.
Em suma, quando não há muito dinheiro e se exige toda uma infinidade de requisitos, é natural que os projectos sejam irremediavelmente adiados. O troço que passa por Esmoriz, e o estado da sua estação, justificavam um tratamento condigno mas a verdade é que tudo se vai arrastando sem resoluções concretas à vista.
Direitos da Foto: nitren@ fergrupo030 | Somafel
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