A confirmar-se a renúncia total dos socialistas, seguindo assim as pisadas dos sociais democratas, não restará outra alternativa se não a convocação de eleições antecipadas.
Creio que se trata duma postura sensata da parte de Luís Alves, Presidente da Concelhia do PS Ovar. É o melhor para todos! A demissão permitirá a criação de novas equipas partidárias que se desejam coesas e cooperantes. Será uma oportunidade para que Rosário Relva e Jerónimo Alves/Justino Monteiro sigam caminhos diferentes, integrando listas concorrentes, isto caso desejem prosseguir a sua carreira política (o que até não aconselharia a nenhum deles face à desilusão actual dos esmorizenses).
Apesar de considerar muito importante o apelo efectuado pelo Presidente da Concelhia do PS Ovar, discordo completamente quando ele refere que Rosário Relva é a única culpada da crise política existente em Esmoriz. Aliás, isso seria pura demagogia, tentando alhear o seu partido de qualquer responsabilização e protegendo assim aqueles que ainda merecem a sua "confiança política". Toda a gente sabe, não só através dos comunicados (mas também por boatos que, desde sempre, correram em Esmoriz), que alguns elementos do actual executivo nunca tiveram lá muita vontade em cooperar com a Sra. Dra. Rosário Relva. Por isso, a crise não se deve só a uma pessoa, mas também a todo o executivo e até, se quisermos ser mais rigorosos, aos partidos da oposição que chegaram a manifestar demasiada passividade.
Agora, desejo que o Sr. Dr. Luís Alves tome uma outra decisão importante - a criação duma equipa rejuvenescida (com muitas caras novas), dinâmica e empenhada. É importante que se demarque do anterior executivo e por isso, seria um erro crasso envolver personalidades que estiveram polemicamente ligadas a este mandato que parece estar muito próximo do fim. Será um risco tentar apostar na continuidade, se é que me faço entender...
Imagem nº 1 - Esmoriz prepara-se para novas eleições.
Fotografia da autoria de Victor Sousa
É verdade que as eleições antecipadas poderiam ter sido evitadas, se houvesse o mínimo de entendimento que garantisse a remodelação do executivo. Mas, pelos vistos, não há forma de tentar acertar as coisas pela via do diálogo. Por isso, a convocação de eleições pode ser agora a única solução possível, embora o povo deve informar-se sobre esta questão, na próxima assembleia de freguesia que deverá decorrer amanhã (dia 27 de Setembro), pelas 21 horas. É uma sessão decisiva.
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