O conceituado Jornal de Notícias apresentou hoje os resultados duma mega sondagem realizada pela Universidade Católica que procurou assim conhecer as actuais intenções de voto dos portugueses. Assim sendo, se as eleições decorressem nesta altura, os resultados seriam praticamente estes:
Imagem dos resultados previstos.
Fonte CESOP, também disponível em: http://www.micportugal.org/index.htm?no=10002502
Os resultados não enganam. O PSD, com o actual governo de Passos Coelho, terá uma queda vertiginosa, se não começar a apresentar imediatamente resultados. As pessoas estão fartas de austeridade e dos constantes níveis históricos do desemprego sem que isso traduza na recuperação económica do país. Dentro dos círculos da direita, chovem críticas à actuação do actual governo (casos de Manuela Ferreira Leite ou de António Capucho).
Por seu turno, o PS lidera, mas apenas porque o PSD está em declínio total. É necessário rever que os socialistas apresentam apenas mais 3% do que, nas eleições legislativas de 2011, onde sofreram uma derrota significativa. De facto, e tendo ainda conta a potencial margem de erro da sondagem, parece que o PS estagnou nos últimos tempos. As pessoas também não se esqueceram do último mandato, também ele péssimo, do engenheiro José Sócrates.
As maiores surpresas (ou não!) encontram-se agora nos partidos de esquerda de menor expressão. O Partido Comunista e o Bloco de Esquerda praticamente duplicaram as suas intenções de voto desde 2011. Conseguem mesmo superar a meta dos 10%. Esta subida é justa porque é necessária a existência de forças partidárias que defendam os direitos dos trabalhadores, tão mal tratados na última década. Todavia, não me parecem ter estrutura nem um projecto realista que permita levar Portugal à tão desejada estabilidade financeira. Por isso, a sua existência só fará sentido enquanto defensores dos direitos dos injustiçados por esta tremenda crise.
Em sentido inverso, temos o Partido Popular que é também responsabilizado pelo mau momento que se vive e por isso, caem dos 11,7 % (em 2011) para os 7%, passando da terceira para a quinta força política!!!
Por fim, os votos brancos/nulos que, em 2011, rondavam os 4%, agora atingem os 11%. Trata-se dum sinal que demonstra o descrédito, cada vez maior, da população nos actuais políticos. Também eu faço parte deste grupo porque nenhuma das alternativas apresentas me convence minimamente.
Em suma, se as eleições fossem hoje, a esquerda dominaria o Parlamento, mas sem maioria absoluta... O PS teria que encontrar um partido de coligação, mas dificilmente conseguiria obter uma aliança com o Partido Comunista ou até com Bloco de Esquerda.
Fontes Consultadas:
- http://www.jn.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=2779607, (20-09-2012). Artigo do Jornal de Notícias da autoria de Miguel Conde Coutinho.
- http://www.micportugal.org/index.htm?no=10002502, (20-09-2012).
- http://www.eleicoes.mj.pt/legislativas2011/, (20-09-2012).
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