A abertura do VII Encontro de Teatro de Esmoriz realizou-se neste sábado à noite, dia 25 de Março, contando com uma enchente no auditório da Junta de Freguesia de Esmoriz. Ao todo, estiveram mais de 150 espectadores ansiosos por receber, de forma hospitaleira e carinhosa, a célebre actriz Lídia Franco que seria a madrinha escolhida para este evento multicultural, organizado pelos Arautos Grupo D'Arte Cultura, grupo então fundado em 17 de Outubro de 1994 por Sidónio Oliveira Ramos, Belisário Augusto Vieira e João Manuel Marinheiro.
O evento iniciou-se com a performance teatral da Associação Teatral Experimental do Curval (Aveiro) que apresentou a peça "ATEC ao ataque". Tratava-se pois de uma peça comediante em que os jovens protagonistas recorriam a expressões gestuais, ao sentido de improvisação e ao estilo do non-sense para extrair gargalhadas da plateia presente. A sonoplastia e a cenografia foram igualmente aprimoradas, de forma a proporcionar uma dinâmica diferente. A encenadora do ATEC, Isabel Cardoso, relembrou que a colectividade conta apenas com três anos de existência e que o objectivo passou por trazer muita alegria e paixão aos espectadores. Objectivo que foi conseguido, tendo em conta as torrentes de sorrisos que emergiram da plateia durante o espectáculo (contou com duas horas de duração).
Seguiu-se um intervalo de dez minutos.
Na segunda parte do evento, a apresentadora do festival leria uma extensa biografia sobre Lídia Franco, a estrela de cartaz e convidada especial. Nascida em Lisboa no ano de 1944, Lídia começou por ser bailarina, e só a partir dos 30 anos, é que começou a dedicar-se ao Teatro que viria a ser a sua verdadeira paixão. A partir daí, arrecadou várias participações em séries televisivas, telenovelas, filmes, curtas-metragens, etc. Foi ainda vencedora do Prémio de Interpretação em Televisão e do Prémio de Interpretação em Rádio, no colectivo dos programas de Herman José, também alcançou o Prémio de Actriz Revelação pelo Programa O Tal Canal, o Prémio Homenagem no 1º Festival do Filme Histórico, na Batalha, em 1993. Sabe-se que foi também nomeada para o Prémio de Melhor Actriz de Ficção e Comédia nos Globos de Ouro de 2001 da SIC e recebeu o Prémio Verdade da “Revista Eles e Elas” em 2002. Recebeu ainda o Globo de Ouro no Colectivo da Série "Cuidado com as Aparências", o Emmy (nos Estados Unidos da América) pelo Colectivo da Novela "A Outra" e a nomeação para o mesmo prémio pelo colectivo da Novela "Rosa Fogo". Ainda assim, e já com os 73 anos de idade, a actriz ainda não se sente totalmente realizada, pelo que aspira a novas metas.
Depois da recitação desta vasta nota biográfica que reflecte o imenso e prestigiante currículo da actriz portuguesa, seguiu-se a projecção em vídeo, através de uma tela exibida no palco, dos seus melhores momentos ao longo da sua preenchida carreira televisiva.
Posteriormente decorreria a cerimónia solene que congregou na mesma mesa as principais individualidades do VII Encontro de Teatro de Esmoriz: Filipa Jesus (Presidente da Assembleia Geral dos Arautos), Silvino Gomes (Presidente da Direcção dos Arautos), Isabel Cardoso (Encenadora do ATEC), Cândido Xavier (Director e Encenador do Cale Estúdio Teatro - Gaia), António Bebiano (Presidente da Junta de Freguesia de Esmoriz), Salvador Malheiro (Presidente da Câmara Municipal de Ovar) e Lídia Franco (actriz e madrinha do Festival).
Gostaríamos de realçar em particular as intervenções de Silvino Gomes (frisou a presença de uma casa quase cheia e reconheceu que estava sem palavras quando confrontado com o percurso e o currículo de Lídia Franco), de António Bebiano (recordou intervenções efectuadas no edifício da Junta de Freguesia de Esmoriz e no Palacete dos Castanheiros de forma a serem proporcionadas melhores condições para acolher eventos) e de Salvador Malheiro (enalteceu a humildade de Silvino Gomes e o seu afinco para a dinamização e formação cultural das gerações mais jovens; pediu ainda às pessoas para acreditarem e terem fé na reabilitação, em breve, do Esmoriztur).
Solicitada por várias questões do público, Lídia Franco foi a última a tomar o uso da palavra. Sentido-se muito lisonjeada pela recepção verificada, Lídia demonstrou interesse imediato num eventual regresso a Esmoriz no futuro. Confessou que desejou ser actriz para vencer a timidez e mencionou que o teatro é uma arte que pode elevar o ser humano e a sociedade de forma a encontrar a grande verdade. Confessou que adorou representar ao lado de notáveis vultos como Herman José, Eunice Muñoz, Nicolau Mello Breyner, Gerard Depardieu. etc. Defendeu que o teatro envolve as pessoas, e que deve ser praticado com muito trabalho e paixão, de forma a potenciar o talento dos seus participantes. Apesar de ter reconhecido a evolução do teatro nos últimos 50 anos (fruto da revolução do 25 de Abril que terminou com a censura e que permitiu o nascimento de vários grupos), Lídia admite que hoje a arte cénica depara-se com sérias dificuldades, elogiando a perseverança de todos aqueles que nunca desistem de manter o teatro português ainda vivo. Dentro deste contexto, afirmou mesmo em relação ao caso concreto da nossa terra - "Enquanto houver um Silvino, Esmoriz vencerá". O Teatro é efectivamente o termómetro da cultura nacional que retrata a sociedade à qual pretende servir. Através do Teatro, os seres humanos se podem descobrir a si próprios!
No momento de encerramento, foram ainda entregues algumas recordações aos membros da mesa solene, cujos objectos simbólicos remetiam para algumas tradições do concelho de Ovar, nomeadamente a tanoaria e o azulejo.
A iniciativa foi um sucesso, e o festival irá prevalecer por três meses (até 3 de Junho), fazendo com que a comunidade esmorizense tenha acesso a um rol diversificado de espectáculos.
Segue-se, por fim, a nossa foto-reportagem com imagens da actuação da Associação do Teatro Experimental do Curval e da subsequente cerimónia solene de abertura do VII Encontro de Teatro de Esmoriz.
O evento iniciou-se com a performance teatral da Associação Teatral Experimental do Curval (Aveiro) que apresentou a peça "ATEC ao ataque". Tratava-se pois de uma peça comediante em que os jovens protagonistas recorriam a expressões gestuais, ao sentido de improvisação e ao estilo do non-sense para extrair gargalhadas da plateia presente. A sonoplastia e a cenografia foram igualmente aprimoradas, de forma a proporcionar uma dinâmica diferente. A encenadora do ATEC, Isabel Cardoso, relembrou que a colectividade conta apenas com três anos de existência e que o objectivo passou por trazer muita alegria e paixão aos espectadores. Objectivo que foi conseguido, tendo em conta as torrentes de sorrisos que emergiram da plateia durante o espectáculo (contou com duas horas de duração).
Seguiu-se um intervalo de dez minutos.
Na segunda parte do evento, a apresentadora do festival leria uma extensa biografia sobre Lídia Franco, a estrela de cartaz e convidada especial. Nascida em Lisboa no ano de 1944, Lídia começou por ser bailarina, e só a partir dos 30 anos, é que começou a dedicar-se ao Teatro que viria a ser a sua verdadeira paixão. A partir daí, arrecadou várias participações em séries televisivas, telenovelas, filmes, curtas-metragens, etc. Foi ainda vencedora do Prémio de Interpretação em Televisão e do Prémio de Interpretação em Rádio, no colectivo dos programas de Herman José, também alcançou o Prémio de Actriz Revelação pelo Programa O Tal Canal, o Prémio Homenagem no 1º Festival do Filme Histórico, na Batalha, em 1993. Sabe-se que foi também nomeada para o Prémio de Melhor Actriz de Ficção e Comédia nos Globos de Ouro de 2001 da SIC e recebeu o Prémio Verdade da “Revista Eles e Elas” em 2002. Recebeu ainda o Globo de Ouro no Colectivo da Série "Cuidado com as Aparências", o Emmy (nos Estados Unidos da América) pelo Colectivo da Novela "A Outra" e a nomeação para o mesmo prémio pelo colectivo da Novela "Rosa Fogo". Ainda assim, e já com os 73 anos de idade, a actriz ainda não se sente totalmente realizada, pelo que aspira a novas metas.
Depois da recitação desta vasta nota biográfica que reflecte o imenso e prestigiante currículo da actriz portuguesa, seguiu-se a projecção em vídeo, através de uma tela exibida no palco, dos seus melhores momentos ao longo da sua preenchida carreira televisiva.
Posteriormente decorreria a cerimónia solene que congregou na mesma mesa as principais individualidades do VII Encontro de Teatro de Esmoriz: Filipa Jesus (Presidente da Assembleia Geral dos Arautos), Silvino Gomes (Presidente da Direcção dos Arautos), Isabel Cardoso (Encenadora do ATEC), Cândido Xavier (Director e Encenador do Cale Estúdio Teatro - Gaia), António Bebiano (Presidente da Junta de Freguesia de Esmoriz), Salvador Malheiro (Presidente da Câmara Municipal de Ovar) e Lídia Franco (actriz e madrinha do Festival).
Gostaríamos de realçar em particular as intervenções de Silvino Gomes (frisou a presença de uma casa quase cheia e reconheceu que estava sem palavras quando confrontado com o percurso e o currículo de Lídia Franco), de António Bebiano (recordou intervenções efectuadas no edifício da Junta de Freguesia de Esmoriz e no Palacete dos Castanheiros de forma a serem proporcionadas melhores condições para acolher eventos) e de Salvador Malheiro (enalteceu a humildade de Silvino Gomes e o seu afinco para a dinamização e formação cultural das gerações mais jovens; pediu ainda às pessoas para acreditarem e terem fé na reabilitação, em breve, do Esmoriztur).
Solicitada por várias questões do público, Lídia Franco foi a última a tomar o uso da palavra. Sentido-se muito lisonjeada pela recepção verificada, Lídia demonstrou interesse imediato num eventual regresso a Esmoriz no futuro. Confessou que desejou ser actriz para vencer a timidez e mencionou que o teatro é uma arte que pode elevar o ser humano e a sociedade de forma a encontrar a grande verdade. Confessou que adorou representar ao lado de notáveis vultos como Herman José, Eunice Muñoz, Nicolau Mello Breyner, Gerard Depardieu. etc. Defendeu que o teatro envolve as pessoas, e que deve ser praticado com muito trabalho e paixão, de forma a potenciar o talento dos seus participantes. Apesar de ter reconhecido a evolução do teatro nos últimos 50 anos (fruto da revolução do 25 de Abril que terminou com a censura e que permitiu o nascimento de vários grupos), Lídia admite que hoje a arte cénica depara-se com sérias dificuldades, elogiando a perseverança de todos aqueles que nunca desistem de manter o teatro português ainda vivo. Dentro deste contexto, afirmou mesmo em relação ao caso concreto da nossa terra - "Enquanto houver um Silvino, Esmoriz vencerá". O Teatro é efectivamente o termómetro da cultura nacional que retrata a sociedade à qual pretende servir. Através do Teatro, os seres humanos se podem descobrir a si próprios!
No momento de encerramento, foram ainda entregues algumas recordações aos membros da mesa solene, cujos objectos simbólicos remetiam para algumas tradições do concelho de Ovar, nomeadamente a tanoaria e o azulejo.
A iniciativa foi um sucesso, e o festival irá prevalecer por três meses (até 3 de Junho), fazendo com que a comunidade esmorizense tenha acesso a um rol diversificado de espectáculos.
Segue-se, por fim, a nossa foto-reportagem com imagens da actuação da Associação do Teatro Experimental do Curval e da subsequente cerimónia solene de abertura do VII Encontro de Teatro de Esmoriz.
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