Poema ao meu pai!
(Autoria: Ana Roxo, poetisa esmorizense)
Quando eras pequenino,
E, mesmo, sem saber andar,
Tinhas caracóis lindos:
Que a avó não deixava cortar!
Do teu rosto, desabrochavam sorrisos,
Como desabrocha uma flor.
Até podias ser pobre,
Mas eras rico em amor!
Nas estradas da vida,
Sem sapatos, andavas:
Os pés, calejavas
Com as mãos trabalhavas!
Gostavas da escola,
Ias de livros na mão:
Aprendias bem as matérias,
Como quem aprende uma canção!
Com ar de maroto…
Pregavas partidas…
Mas eras apenas um garoto,
Como um gato com sete vidas!
Cedo te tornaste um homem,
Porque tinhas de trabalhar.
Eram outros tempos:
Tempos que já não vão voltar…
Ah! Querido Pai,
Quanto passaste nesta vida,
Para hoje seres um grande senhor!
E, quantas vezes faltava dinheiro,
Mas não faltava Amor!
Lembras-te, Pai?
Quando íamos os quatro?
O avô visitar?
E de ir contigo de bicicleta a pedalar?
Não havia carro,
Mas havia Magia no ar!
Pai, hoje, já não sou criança
E, talvez, deposites em mim pouca esperança
Mas atrás da Tempestade,
Vem a Bonança!
Pai, apesar de tudo, sou feliz.
E posso ser ainda mais.
Eu sei lutar,
Lutar, pelos meus ideais!
Não te sintas traído,
Não te sintas Anjo Ferido,
Pensa na Felicidade
Em teres os teus netos!
Sê um avô vaidoso,
Pois, tens lindos descendentes,
Que, por terem um avô, como tu,
Certamente ficarão contentes!
Querido, Pai!
Muitos beijos com Amor!
Tenta ser feliz
E não penses na Dor!
E tem calma,
Para que a Chama da Felicidade
Ilumine a tua Alma!
Imagem retirada de: https://boasnoticias.pt/ideias-de-ultima-hora-para-o-dia-do-pai/
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