A União de Freguesias de Ovar considera que o apoio extraordinário concedido pela autarquia de Ovar não é suficiente. 75 mil euros é manifestamente pouco, comparando a sua situação com as das outras quatro freguesias (Esmoriz, Cortegaça, Maceda e Válega) que receberam 50 mil euros cada uma. Os socialistas e os bloquistas de Ovar foram mais veementes nas críticas contra o actual executivo autárquico, recordando que a União de Freguesias de Ovar resulta da fusão de quatro antigas freguesias (Ovar, São João, São Vicente e Arada). Ou seja, no entender de alguns, a União de Freguesias de Ovar deveria receber 200 mil euros de apoio extraordinário para que cada uma daquelas antigas freguesias (hoje reduzidas lugares, excepto a sede) pudesse, cada uma, ter direito a um investimento de 50 mil euros.
É claro que somos tentados a concordar que o apoio concedido à União de Freguesias de Ovar peca por escasso. Apesar de 200 mil euros constituir uma ajuda mais expressiva, é certo que continuaria a ser insuficiente. Contudo, quando o argumento passa por dizer que o "vizinho do lado" ganha x, e nós somos prejudicados nessa comparação, aí sou obrigado a demonstrar a minha discordância. E já lemos por aí algumas posições mais indignadas de um ou outro autarca que só lhes faltou culpabilizar as outras freguesias de receberem, cada uma, a módica quantia de 50 mil euros!!!
50 mil euros para Esmoriz (que é cidade!), Cortegaça, Maceda e Válega é uma pechincha. Mas os apoios extraordinários e as delegações de competências nunca passaram disto, desde que tenho conhecimento da sua existência. São ajudas úteis que apenas servem para reparar alguns passeios, tratar de jardins e reparar um ou outro buraco na via pública. Claro que todos os tostões são todos bem vindos para as freguesias, mas não fazem milagres.
É curioso reparar que é Ovar (União de Freguesias vs Autarquia) que agora se queixa de que recebe pouco e que está a ser vítima de discriminação. Até parece que Esmoriz é sede de concelho, que tem toda uma panóplia de funcionários e recursos humanos e que manda nisto tudo!
Não é verdade.
Esmoriz é uma cidade, estará já perto dos 15 mil habitantes, é a freguesia que mais cresce demograficamente no concelho e paga dois milhões de euros em IMI todos os anos (sem contabilizar IUC's, editais, taxas na conta da água, etc...). A Junta de Freguesia de Esmoriz contraiu algumas dívidas aos fornecedores, o que não é saudável, mas é um cenário que se pode explicar, em parte, pelo facto de a cidade necessitar de fazer investimentos e imprimir dinamismo de forma a alicerçar um crescimento sustentável e condigno com o seu estatuto.
Esmoriz é a freguesia com menor investimento per capita, segundo os dados que interpretámos directamente a partir do orçamento municipal de 2019. Se a União de Freguesias de Ovar receber os 200 mil euros ambicionados (que até tem direito), Esmoriz, enquanto a segunda cidade do concelho, deverá reivindicar prontamente 150 mil euros (porque dentro de Esmoriz, temos mais dois ou três lugares com potencial para o estatuto de freguesia: Gondesende, Praia e Torre-Campo Grande). Que Cortegaça, Maceda e Válega façam também uma revisão das suas reivindicações para ninguém ser excluído no processo.
A autarquia de Ovar já empreendeu algumas obras interessantes em todo o concelho durante os últimos 10 anos, não negamos isso, mas deveria canalizar um maior investimento para as freguesias de forma a que estas pudessem actuar de forma mais directa no território, acumulando mais responsabilidades e competências. Estaríamos a favorecer a política de proximidade.
Esperemos que, no futuro, as freguesias vareiras (todas elas!) possam receber mais financiamento da autarquia. Mas a descentralização e o fim de muitas assimetrias geo-urbanas têm de ser objectivos a concretizar no futuro. Esmoriz, Arada, São Vicente Pereira (estas duas últimas integradas na UFO), Válega, Cortegaça e Maceda devem fazer parte da equação, pelo que não podem ser vistos como corpos estranhos diante da sede, como já foram em algumas décadas da segunda metade do século XX.
É claro que somos tentados a concordar que o apoio concedido à União de Freguesias de Ovar peca por escasso. Apesar de 200 mil euros constituir uma ajuda mais expressiva, é certo que continuaria a ser insuficiente. Contudo, quando o argumento passa por dizer que o "vizinho do lado" ganha x, e nós somos prejudicados nessa comparação, aí sou obrigado a demonstrar a minha discordância. E já lemos por aí algumas posições mais indignadas de um ou outro autarca que só lhes faltou culpabilizar as outras freguesias de receberem, cada uma, a módica quantia de 50 mil euros!!!
50 mil euros para Esmoriz (que é cidade!), Cortegaça, Maceda e Válega é uma pechincha. Mas os apoios extraordinários e as delegações de competências nunca passaram disto, desde que tenho conhecimento da sua existência. São ajudas úteis que apenas servem para reparar alguns passeios, tratar de jardins e reparar um ou outro buraco na via pública. Claro que todos os tostões são todos bem vindos para as freguesias, mas não fazem milagres.
É curioso reparar que é Ovar (União de Freguesias vs Autarquia) que agora se queixa de que recebe pouco e que está a ser vítima de discriminação. Até parece que Esmoriz é sede de concelho, que tem toda uma panóplia de funcionários e recursos humanos e que manda nisto tudo!
Não é verdade.
Esmoriz é uma cidade, estará já perto dos 15 mil habitantes, é a freguesia que mais cresce demograficamente no concelho e paga dois milhões de euros em IMI todos os anos (sem contabilizar IUC's, editais, taxas na conta da água, etc...). A Junta de Freguesia de Esmoriz contraiu algumas dívidas aos fornecedores, o que não é saudável, mas é um cenário que se pode explicar, em parte, pelo facto de a cidade necessitar de fazer investimentos e imprimir dinamismo de forma a alicerçar um crescimento sustentável e condigno com o seu estatuto.
Esmoriz é a freguesia com menor investimento per capita, segundo os dados que interpretámos directamente a partir do orçamento municipal de 2019. Se a União de Freguesias de Ovar receber os 200 mil euros ambicionados (que até tem direito), Esmoriz, enquanto a segunda cidade do concelho, deverá reivindicar prontamente 150 mil euros (porque dentro de Esmoriz, temos mais dois ou três lugares com potencial para o estatuto de freguesia: Gondesende, Praia e Torre-Campo Grande). Que Cortegaça, Maceda e Válega façam também uma revisão das suas reivindicações para ninguém ser excluído no processo.
A autarquia de Ovar já empreendeu algumas obras interessantes em todo o concelho durante os últimos 10 anos, não negamos isso, mas deveria canalizar um maior investimento para as freguesias de forma a que estas pudessem actuar de forma mais directa no território, acumulando mais responsabilidades e competências. Estaríamos a favorecer a política de proximidade.
Esperemos que, no futuro, as freguesias vareiras (todas elas!) possam receber mais financiamento da autarquia. Mas a descentralização e o fim de muitas assimetrias geo-urbanas têm de ser objectivos a concretizar no futuro. Esmoriz, Arada, São Vicente Pereira (estas duas últimas integradas na UFO), Válega, Cortegaça e Maceda devem fazer parte da equação, pelo que não podem ser vistos como corpos estranhos diante da sede, como já foram em algumas décadas da segunda metade do século XX.
Foto meramente exemplificativa retirada de: https://www.dinheirovivo.pt/economia/galeria/10-maneiras-de-ganhar-dinheiro-extra-e-sem-esforco-2/
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