O Covid-19 está a provocar uma adesão forte aos supermercados do país. Apesar de o Governo alegar que ainda não existe uma ruptura do stock, ninguém pode negar que as prateleiras dos supermercados estão cada vez menos recheadas.
Por um lado, é um sinal positivo dado que os portugueses estão a encarar este vírus com muita precaução e seriedade. Por outro lado, preocupam-me os exageros de alguns cidadãos que parece que estão já a comprar tudo o que vêem na frente, como se o fim do mundo estivesse próximo. Já se falou na eventualidade de se imporem medidas de racionamento (como aconteceu com os combustíveis aquando das greves dos condutores que transportavam matérias perigosas) nos supermercados, e talvez venha a ser necessário porque senão isto vai dar mesmo barraca.
Na hora de almoço desta sexta-feira, deslocamo-nos a uma estrutura comercial cá da região (não é relevante mencionar qual) e apesar de termos detectado poucas pessoas (era uma hora morta), a verdade é que algumas prateleiras estavam já praticamente vazias. Não havia arroz, e quase todos os enlatados já tinham sumido (nomeadamente latas de atum, salsichas ou feijão). Ainda assim, o cenário que encontrámos ainda não era dramático ou susceptível de alarme total, pelo que a estrutura em questão ainda dispunha dum número considerável de produtos básicos ou essenciais para fins de comercialização (apesar de algumas lacunas já evidentes). Aliás, acreditamos que muitos hipermercados dos grandes centros urbanos deste país ainda estarão numa situação bastante mais vulnerável. Em Esmoriz, já está a haver algum impacto, mas ainda não chegamos a uma situação verdadeiramente preocupante.
No entanto, preocupam-me os próximos tempos se o cenário da propagação do vírus agravar-se drasticamente. É necessário deixar, desde já, o alerta para que o egoísmo não impere.
Aliás, se tivermos famílias a passar fome, mais vulneráveis elas ficarão diante do vírus, e assim não estaremos a combatê-lo...
Haja bom-senso!
Imagem meramente exemplificativa retirada do Site Politize
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